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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 118

Peter

"Ainda estou tentando entender como você deixou que meu exame desse negativo." Minha voz ecoa pelo escritório, carregada de fúria. Meus punhos batem na mesa, fazendo os papéis tremerem. O advogado à minha frente, um homem de meia-idade com a expressão de quem foi pego em flagrante, recua alguns passos.

"Senhor Calton," ele gagueja, tentando encontrar as palavras certas. "Eu... eu providenciei a fraude do exame do senhor Martinucci. Não foi especificado que-"

"Não foi especificado?" minha risada amarga corta o ar, preenchendo o espaço com uma tensão palpável. "Você tinha uma única função, uma tarefa simples: garantir que eu fosse o pai daquelas crianças. Qual parte disso escapou à sua compreensão?"

"Eu... eu..." ele gagueja, o rosto já coberto de suor. "Eu não pensei direito, senhor Calton."

Meus olhos se estreitam, a fúria queimando em meu peito. "E vai me dizer que também não sabia dos outros exames? Que Leonardo Martinucci te passou a perna sem que você sequer suspeitasse?"

O advogado engole em seco, o pavor estampado em sua expressão. "Foi uma surpresa para mim também," ele admite, a voz trêmula. "Eu... não imaginei que ele seria tão esperto."

"Não imaginou?" avanço um passo, minha voz baixa e cortante, carregada de ameaça. "Você está me dizendo que deixou Martinucci te superar, enquanto você estava aqui sentado, sem fazer absolutamente nada? Sua única função era prever essas possibilidades e impedir que chegássemos a este ponto! Como pode ser tão inútil?"

Do canto da sala, Martina observa a cena com aparente tédio, uma taça de vinho nas mãos. Ela levanta-se devagar, sua postura elegante como sempre. "Chega," diz com uma calma glacial, dispensando o advogado com um gesto firme. "Saia antes que eu perca ainda mais a paciência com vocês."

O homem não hesita. Pega sua pasta e sai apressadamente, murmurando desculpas sem sentido. Quando a porta se fecha, Martina vira-se para mim, seus olhos avaliando cada detalhe da minha frustração.

"Você é cercado de incompetentes," ela comenta, um sorriso frio brincando em seus lábios.

"Não estou com paciência para suas ironias, Martina," rosno, passando as mãos pelos cabelos. "O que eu faço agora? Como vou controlar Leonardo sem as crianças?"

Ela dá de ombros, aproximando-se lentamente. "Não fará nada," responde com simplicidade. "Essa batalha você perdeu."

Minhas mãos se movem antes que eu possa me controlar, agarrando seus braços com força. "Não existe essa possibilidade!" grito, encarando-a.

Ela não demonstra medo, apenas ri, fria e calculista. "Existe sim, Peter. Tanto que aconteceu." Seu tom é quase condescendente, como se falasse com uma criança birrenta.

Solto-a com um bufo, me afastando e encostando-me na mesa. O peso do fracasso assenta sobre meus ombros, mas não posso aceitar isso. Não agora. Não contra Leonardo.

Martina dá um sorriso satisfeito, ajeitando a blusa como se estivesse acima de toda aquela bagunça. "Então não vá," diz ela, sua voz casual. "Mande apenas o advogado. Você já sabe o resultado mesmo. Enquanto isso, podemos planejar nosso próximo passo."

"Próximo passo?" olho para ela, intrigado.

Ela se inclina sobre a mesa, os olhos fixos nos meus, e sua expressão muda, tornando-se mais intensa. "Sim. Planejaremos como destruir aquela vadia e aqueles bastardos de uma vez por todas."

Um sorriso lento se forma em seus lábios, e percebo que, por mais ardilosa e cruel que Martina seja, talvez ela seja exatamente o que eu preciso. Leonardo pode ter ganho esta batalha, mas a guerra está longe de terminar.

"E o que sugere que façamos?" pergunto, minha curiosidade genuína.

Ela traça meu maxilar com os dedos, como se estivesse calculando cada palavra que diria a seguir. "Primeiro, precisamos destruir a imagem perfeita de Leonardo. Depois, acabamos com Amber, pedaço por pedaço."

Seus olhos brilham, e, pela primeira vez em semanas, sinto uma nova faísca de esperança. A vingança é um prato que será servido bem gelado, e Martina está prestes a me ajudar a preparar o banquete.

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