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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 132

Amber

O espelho do banheiro refletia uma versão minha que eu mal reconhecia. Meu rosto ainda exibia os hematomas do ataque, os tons arroxeados se misturando com a vermelhidão do corte no lábio. Suspirei, abrindo a pequena necessaire na esperança de encontrar algo que pudesse mascarar as marcas. Usei a pouca maquiagem que tinha, espalhando base com os dedos, mas cada camada parecia apenas destacar o que eu tentava esconder.

O sonho ainda ecoava em minha mente. A voz de Peter, o pen drive, o peso de algo que eu não conseguia lembrar completamente. Cada detalhe parecia se sobrepor, formando um enigma que me deixava ansiosa e inquieta.

Troquei de roupa rapidamente, vestindo algo simples, mas confortável. Quando saí do quarto, meu coração já estava acelerado. Precisava encontrar Leonardo, precisava contar o que estava me corroendo.

Segui o som das vozes para a sala de café da manhã. Leonardo estava lá, sentado à mesa com os gêmeos, seus pais e sua nonna. A luz suave da manhã iluminava o espaço, mas nada disso conseguiu acalmar o turbilhão dentro de mim.

"Bom dia," falei assim que entrei na sala e todos me cumprimentaram de volta.

"Mamãe!" Bella exclamou, pulando de sua cadeira e correndo até mim. "Você ta muito dorminhoca hoje!"

Me abaixei para abraçá-la, segurando-a com mais força do que pretendia. Louis logo veio atrás, envolvido no mesmo abraço. "Vem come com a gente!" ele pediu, segurando minha mão.

"Claro," murmurei, tentando sorrir. Mas o sonho ainda estava tão vivo, tão real, que parecia impossível escapar dele.

Sentei-me à mesa, tentando manter a compostura. Minhas mãos tremiam levemente enquanto segurava a xícara de café, mas o sorriso tranquilizador de Leonardo me manteve ancorada. Ele sabia que algo estava errado. Seus olhos me estudavam, atentos a cada movimento meu.

As crianças, com sua energia contagiante, se revezavam em puxar minha atenção. Falaram sobre os planos de brincar com as babás, sobre os desenhos que queriam fazer, e eu respondia da melhor forma que podia, tentando corresponder à alegria deles. Mas por dentro, meu estômago estava em um nó.

Quando finalmente terminaram, correram para brincar, deixando a sala em um silêncio quase esmagador. Leonardo pousou sua xícara e olhou diretamente para mim.

"Nos deem licença," ele falou estendendo a mão para mim, e a segurei no mesmo momento.

Segui-o até o escritório, meu coração batendo ainda mais rápido. Assim que ele fechou a porta, comecei a andar de um lado para o outro, minha mente girando com perguntas que não conseguia organizar.

"O que você lembrou?" ele perguntou, encostando-se na mesa, os braços cruzados. "Porque é óbvio que você se lembrou de algo."

Parei abruptamente, as palavras escapando antes que eu pudesse controlá-las. "Projeto Sombra."

Seus olhos se estreitaram, e ele inclinou ligeiramente a cabeça. "Tanta coisa para você lembrar, e você se lembrou do maior embate das nossas vidas." Ele se levantou e deu um passo em minha direção.

"Eu não sei o que ele significa," confessei, frustrada. "Foi o sonho... ou o que quer que tenha sido. Acho que os ataques no parque e na Dra. Gabriela dispararam algo. Mas não é só isso." Engoli em seco, tentando reunir coragem para dizer o que mais havia visto. "Peter... ele sabe. Ele sabia sobre o Projeto Sombra."

132. Quebra-cabeça 1

132. Quebra-cabeça 2

132. Quebra-cabeça 3

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