Leonardo
A manhã começou com o peso de mais uma crise nas costas. Eu estava cansado. Não só fisicamente, mas mentalmente. Cada vez que parecia que Amber e eu estávamos prestes a encontrar alguma paz, algo acontecia para nos puxar de volta ao caos. Hoje, porém, eu estava determinado a dar um fim a tudo isso.
Assim que Amber e eu chegamos ao meu escritório na MGroup, tentei organizar minha mente. Ela estava focada e silenciosa, uma combinação que era ao mesmo tempo tranquilizadora e preocupante. Fechei a porta atrás de nós, respirando fundo antes de me virar para ela.
"Sente-se," falei, indicando minha mesa. "Continue procurando pistas no sistema. Veja se consegue detectar qualquer anomalia ou rastro que eles possam ter deixado."
Amber apenas assentiu, seus olhos já fixos no monitor antes que eu pudesse terminar a frase. Era fascinante vê-la assim, tão concentrada, mas a situação não permitia distrações.
"Vou fazer o meu melhor. As lembranças estão se embaralhando em minha mente, mas farei de tudo para achar o rastro deles." sorri para ela e fui em sua direção, me abaixando em sua direção e capturando seus lábios.
"Quando tudo isso acabar, vou te deitar nessa mesa, e me banquetear de você, em comemoração ao fim de tudo isso." ela corou instantaneamente, e riu.
"Então vamos achá-los logo." sorri, satisfeito com sua resposta e beijei seus lábios.
"Vamos. Mas vou deixar você trabalhar, vou falar com Magnus e ver se ele descobriu algo." disse, abrindo a porta novamente. "Qualquer coisa me ligue. E não deixe ninguém entrar."
Saí sem esperar resposta, o som das teclas já ecoando enquanto Amber trabalhava.
Caminhei até a sala onde Magnus tinha montado um espaço improvisado para monitoramento de segurança. O ambiente estava cheio de telas mostrando imagens de câmeras de várias partes do prédio, mas todas pareciam suspeitosamente normais. Quando entrei, ele estava debruçado sobre o console, as sobrancelhas franzidas enquanto analisava algo.
"Magnus," cumprimentei, cruzando os braços. "Poderia ter me avisado ontem. Você sabe o quanto isso me irritou, não sabe?"
Ele riu, debochado, sem nem levantar os olhos. "Se eu tivesse avisado, você teria feito exatamente o que eu esperava. Teria perdido o controle. E, sejamos honestos, Leonardo, ela não precisava de um salvador ontem à noite. Precisava de alguém que controlasse a situação."
"É claro que eu teria ido!" respondi, minha voz mais alta do que pretendia. "É a minha mulher, porra. Você acha que eu ficaria sentado esperando enquanto ela corria perigo?"
Finalmente, ele se virou, um sorriso irônico nos lábios. "E isso teria ajudado? Ou você só ia piorar a situação, Martinucci?"
Respondi apenas com um olhar irritado, sem argumentos que pudesse usar contra ele. Respirei fundo, tentando me acalmar. "Não quero falar sobre isso agora. O que você encontrou nas câmeras?"
Magnus ficou sério novamente e apontou para a tela maior. "Nada. Absolutamente nada. Eles sabotaram as câmeras, Leo. Não só as da sua sala, mas todo o trajeto dela. Nem mesmo Amber foi capturada entrando no prédio ou pegando o elevador."
"Como assim?" Eu me aproximei, analisando as imagens que ele mostrava. Ele reproduziu o trajeto, desde o estacionamento até os andares superiores. Tudo estava vazio, como se Amber nunca tivesse estado ali.



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