Entrar Via

Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 168

Leonardo

O relatório estava espalhado sobre a mesa à minha frente, cada palavra gravada em negrito na minha mente, mas ainda assim, me recusava a acreditar. O anel que Amber encontrou não passava de uma joia comum, sem nenhuma modificação, dispositivo ou qualquer coisa que pudesse ser usada para espionagem. Apenas uma joia.

Passei as mãos pelo rosto, frustrado. Isso não faz sentido. Era como se todas as peças que tínhamos começado a montar desmoronassem de uma vez. Peguei o telefone e disquei para Magnus. O sinal chamou, uma vez, duas vezes... nada. Deixei o telefone de lado com mais força do que pretendia, o barulho ecoando no quarto silencioso.

Antes que pudesse me afundar ainda mais na frustração, Amber entrou no quarto, encostando-se na porta. Seu olhar estava sereno, mas carregava uma pontada de preocupação. "As crianças sentiram falta de você na hora de dormir," disse, sua voz gentil, mas firme.

Fechei os olhos por um momento, deixando a culpa me invadir. "Me desculpe, amor. Eu me perdi com isso," admiti, indicando os papéis sobre a mesa. "Achei que estávamos no caminho certo. Que esse anel fosse algo mais."

Ela se aproximou, pegando o relatório e lendo as palavras como se esperasse encontrar algo que eu pudesse ter perdido. Depois de alguns minutos, suspirou. "É decepcionante," admitiu, colocando o papel de volta na mesa. "Tínhamos tanta certeza. Mas pensando bem, ela não seria tão óbvia. Estamos deixando passar algo, Leo, algo realmente importante."

"E para ajudar Magnus não atende," murmurei, levantando-me e andando até a janela. Olhei para a cidade lá fora, as luzes cintilando como estrelas. "Isso me preocupa. Ele nunca ignora minhas chamadas."

Amber se sentou na cama, cruzando as pernas enquanto me observava. "Hoje é o dia de folga dele, Leo," disse, suavemente. "Ele tem todo o direito de evitar ligações do patrão. Fora que ele nunca faz questão das folgas, mas a de hoje..."

"Eu sei, mas... é diferente," respondi, virando-me para ela. "Ele não é só meu funcionário, Amber. Magnus é meu amigo. E, acima de tudo, sinto que há algo errado. Não sei explicar, mas estou com um mau pressentimento."

Ela inclinou a cabeça, seus olhos me analisando cuidadosamente. "Só isso?" questionou, arqueando uma sobrancelha.

"Sim," afirmei, respirando fundo. "É como se fosse minha responsabilidade cuidar de todo mundo à minha volta. Não ter notícias dele me deixa... inquieto."

Amber assentiu, levantando-se e colocando uma mão no meu braço. "Se você está tão preocupado, vamos até lá," disse, com um pequeno sorriso. "Verificamos se está tudo bem e voltamos. Sem falar de trabalho, ok? Amanhã teremos o dia inteiro para traçar os próximos passos."

Olhei para ela por um momento, absorvendo sua tranquilidade. Amber tinha essa habilidade de acalmar a tempestade que constantemente rugia dentro de mim. "Tem certeza?" perguntei. "Pode ser uma viagem desnecessária."

"Se isso te ajuda a dormir hoje à noite, não é desnecessário," ela respondeu, pegando minha mão e apertando-a suavemente. "Mas prometa: nada de trabalho."

"Ok," concordei, soltando um suspiro aliviado. "Vamos até lá e voltamos logo."

Amber sorriu, indo até o armário para pegar um casaco. Observei-a por um momento, admirando a força tranquila que ela exalava. Apesar de tudo o que passamos, ela ainda conseguia ser minha âncora. Peguei meu casaco também, decidido a seguir seu conselho.

Enquanto saíamos, peguei o telefone mais uma vez e tentei ligar para Magnus novamente. Sem resposta. Mas, desta vez, a ansiedade parecia menos esmagadora. Amber estava ao meu lado, e juntos enfrentaríamos qualquer coisa que nos aguardasse.

"Pronto para ir?" ela perguntou suavemente, as chaves do carro balançando em sua mão.

"Pronto," respondi, apertando levemente sua mão antes de abrir a porta do carro para ela. Amber entrou com um sorriso breve, e em seguida, me acomodei no banco do motorista.

O motor ronronava suavemente enquanto seguíamos para nosso destino, e mergulhei na tranquilidade peculiar de dirigir à noite. As luzes da cidade piscavam como reflexos de pensamentos que passavam por minha mente. O silêncio entre nós era confortável, carregado de compreensão mútua. Amber olhava pela janela, um meio sorriso dançando em seus lábios, como se estivesse sintonizada com o que eu sentia sem que fosse necessário dizer nada.

168. Constrangedor 1

Verify captcha to read the content.VERIFYCAPTCHA_LABEL

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Gêmeos inesperados do CEO