Leonardo
A viagem para Vegas foi mais curta do que eu imaginava, mas para Amber, parecia que tinha durado uma eternidade. Desde o momento em que o avião começou a perder altitude, percebi algo errado. Seu rosto estava pálido, e ela segurava o braço da poltrona com tanta força que seus dedos estavam brancos.
"Amber," murmurei, inclinando-me para perto dela. "Você está bem?"
Ela balançou a cabeça levemente, os olhos fechados enquanto respirava fundo. "Estou... só um pouco enjoada," respondeu, mas sua voz fraca não ajudou em nada a acalmar minha preocupação.
Assim que o avião pousou, pedi para todos esperarem enquanto nos preparávamos para sair. Amber tentou se levantar, mas cambaleou levemente, e eu a segurei antes que ela pudesse cair.
"Amor, você não está bem," disse, minha voz mais dura do que pretendia. "Vamos direto para o hotel. Nada de reuniões ou saídas antes de você descansar."
"Leo, estou bem," ela insistiu, embora a fraqueza em sua voz a traísse. "É só o voo. Isso acontece às vezes."
"Eu não quero ouvir desculpas, Amber," respondi, segurando seu rosto com as duas mãos, forçando-a a olhar para mim. "Você está grávida. Se você cai? Se aconteceu alguma coisa? Não temos nossos médicos de confiança aqui. Não seja teimosa."
Ela abriu a boca para protestar, mas antes que pudesse dizer algo, uma onda de náusea tomou conta dela. Sua mão foi instintivamente à boca, e eu percebi o que estava prestes a acontecer.
"Amber," murmurei, a preocupação evidente na minha voz.
Ela fez um gesto para que eu não falasse, mas a expressão em seu rosto já dizia tudo. O pânico me atingiu como uma onda, e segurei-a pela cintura, guiando-a com pressa para longe. Assim que alcançamos uma área mais afastada, ela não conseguiu segurar e vomitou ao lado da calçada.
"Respira, amor," murmurei, minha mão esfregando suavemente suas costas enquanto ela se inclinava. Meu coração estava apertado, uma mistura de preocupação e impotência me invadindo ao vê-la daquele jeito.
Quando ela finalmente conseguiu se recompor, sua respiração ainda estava curta, e sua testa brilhava de suor. Peguei um lenço no bolso e limpei seu rosto com cuidado, ignorando os olhares curiosos ao nosso redor.
"Leo..." ela começou, mas a fraqueza em sua voz me fez interrompê-la.
"Não diga nada," retruquei com firmeza, ajudando-a a se endireitar. "Vamos direto para o hotel. Você precisa descansar."
Amber tentou protestar, mas a exaustão era evidente em cada movimento dela. Sem dar ouvidos, guiei-a até o carro que já nos esperava, a segurando firmemente como se pudesse protegê-la de tudo naquele momento.
O trajeto até o hotel foi silencioso, exceto pelos suspiros baixos de Amber enquanto ela tentava se recompor. Minha mão nunca deixou a dela, e a cada curva que o carro fazia, eu a observava como se pudesse adivinhar o que estava acontecendo em seu corpo.

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