Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 24

Leonardo

O som suave do elevador subindo faz meu coração acelerar levemente. Ajusto a gravata de seda italiana e verifico o reflexo no metal polido das portas, impecável, como sempre. Magnus está posicionado estrategicamente alguns passos atrás, uma presença silenciosa.

As portas se abrem e dou um passo à frente, exibindo meu melhor sorriso empresarial. "Sr. Wong, seja muito bem-vindo à MGroup." Estendo a mão para cumprimentá-lo.

O empresário chinês sorri em retorno, seus olhos perspicazes avaliando cada detalhe. "Sr. Martinucci, é sempre um prazer." Seu aperto de mão é firme, calculado.

"Por favor, me acompanhe até nossa sala de reuniões." Faço um gesto amplo em direção ao corredor, onde Layla já está posicionada para nos guiar.

A sala de reuniões está impecável, a temperatura perfeitamente ajustada, água mineral importada da Suíça nas taças de cristal, pastas organizadas em cada assento. Layla discretamente coloca a pasta que Hobbins enviou à minha frente enquanto todos se acomodam.

"Como foi sua viagem até Colorado Springs?" Pergunto, iniciando a dança diplomática que precede qualquer grande negociação.

"Muito agradável," ele responde, seu inglês carregado, mas perfeitamente compreensível. "Acabei de visitar outro fornecedor aqui no país. Expandindo horizontes, como dizem vocês."

"Isso é maravilhoso," respondo com genuíno entusiasmo. "Quanto mais negócios, mais forte será nossa parceria. Acredito firmemente em relações comerciais duradouras."

O sorriso do Sr. Wong diminui alguns graus. "Sim, sim. Mas preciso discutir algo... preocupante." Ele faz uma pausa deliberada. "Recebi um dossiê anônimo com algumas alegações sérias."

Mantenho minha expressão serena, embora por dentro meu sangue ferva ao pensar em Peter. "Compreendo sua preocupação. Na verdade, já esperava por isso." Deslizo a pasta em sua direção. "Aqui está toda a documentação oficial sobre cada alegação levantada, incluindo as resoluções legais."

Ele passa a pasta para seu advogado, que começa a examinar os documentos com outro assessor. O Sr. Wong se inclina para frente, os olhos fixos em mim. "O caso Delux. O que realmente aconteceu?"

Respiro fundo, escolhendo cuidadosamente minhas palavras. "Fomos vítimas de sabotagem industrial, Sr. Wong. E acredito que a mesma pessoa que enviou esse dossiê foi responsável pelo incidente há três anos. Estamos reunindo evidências para uma ação legal apropriada."

"E a segurança de dados?"

"Por uma extraordinária coincidência," digo, permitindo um toque de ironia em minha voz, "encontrei minha antiga diretora de segurança ontem. Ela sofreu um acidente que resultou em amnésia, mas está sob meus cuidados agora. Em breve, teremos todas as respostas. Na época achamos que ela estava envolvida, mas ela agora ela é a sombra da mulher que já foi um dia, mas tenho certeza que com os cuidados certos, logo ela voltará ao normal."

"Isso é bom. Se descobrir quem fez isso, me conte, quero deixar claro a todos que me questionarem, inclusive ao diretor do grupo Delux." sorri tentando entender onde ele queria chegar. "Um passarinho me contou, que ao não fechar com você, ele fechou com um concorrente, e que as coisas não sairam como ele imaginava." Eu não sabia sobre isso, precisava que Layla pesquisasse essa informação para mim.

Acompanho-os até o elevador, trocando as cortesias finais. "Tome cuidado com especuladores, Sr. Wong."

Ele sorri, um sorriso que não alcança seus olhos. "Não se preocupe, Sr. Martinucci. Temos nossas próprias maneiras de lidar com... inconvenientes."

Quando as portas do elevador se fecham, permito que meus ombros relaxem levemente. Foi um sucesso, apesar das tentativas de Peter. Mas algo na expressão de Magnus me faz gelar.

"O que foi? Que merda aconteceu agora?" pergunto, embora parte de mim já saiba que não vou gostar da resposta.

"Martina está em Aspen," ele diz simplesmente, e sinto meu mundo começar a desmoronar novamente.

Todo o alívio da reunião bem-sucedida se dissipa como fumaça. Martina em Aspen, onde Amber e as crianças deveriam estar seguras.

"Droga!"