Amber
Acordei com a luz do sol invadindo o quarto de hotel. A claridade refletia nos lençóis brancos, criando um contraste perfeito com a decoração luxuosa ao nosso redor. Mas minha atenção estava em outra coisa: o brilho da aliança em meu dedo.
Girei o anel de noivado com o polegar, admirando como ele combinava perfeitamente com a aliança que Leonardo havia colocado na noite passada. Era um gesto simples, mas carregado de um significado que ainda me fazia sentir uma onda de emoção atravessar meu corpo.
Estávamos casados.
Virei-me para olhar para Leonardo, que ainda dormia profundamente ao meu lado. Seu rosto estava tranquilo, os traços relaxados. Mesmo assim, havia algo poderoso em sua presença, algo que me fazia sentir segura, como se o mundo inteiro pudesse desabar e ele ainda estaria ali, me segurando.
"Você está encarando," sua voz rouca e baixa quebrou o silêncio. Abri um sorriso involuntário ao vê-lo abrir os olhos lentamente, aquele brilho familiar já presente.
"Não consigo evitar," confessei, segurando sua mão. "Ainda estou tentando processar tudo o que aconteceu ontem."
Ele riu, esticando-se na cama antes de se virar completamente para mim. "Se você disser que foi um erro, teremos um problema sério, senhora Martinucci."
"Nem pense nisso," retruquei, brincando com o anel em meu dedo novamente. "Foi... perfeito."
Leonardo se aproximou, apoiando o cotovelo na cama e me observando de perto. "Então por que essa expressão de quem está perdida em pensamentos?"
Suspirei, deixando minha cabeça descansar no travesseiro. "Eu só fico pensando... Devemos contar para todos? Me sinto culpada por termos feito isso sozinhos."
"Amber," ele começou, segurando minha mão e beijando os nós dos meus dedos. "Não foi algo impulsivo. Foi algo que nós dois queríamos. E, se você perguntar a minha opinião, podemos guardar isso por enquanto, até estarmos prontos para fazer algo maior."
Ele tinha razão, como sempre. Mas ainda assim, havia um pequeno peso no meu coração. "Eu sei, Leo. Mas e seus pais? A Nonna Rosa? Nossos filhos? Eles não merecem saber?"
"Vamos contar para eles. Só não agora," ele respondeu, sua voz calma e persuasiva. "Quero que esse momento seja nosso. Um segredo que só nós dois compartilhamos. Pelo menos por um tempo."
Olhei para ele, tentando encontrar algum traço de dúvida ou hesitação em seu rosto, mas não havia nada além de convicção. "Está bem," cedi, sentindo um sorriso pequeno se formar em meus lábios. "Mas só porque eu quero aproveitar ser a senhora Martinucci sem interrupções."
Ele riu, me puxando para mais perto. "Essa é a minha garota." Seus lábios encontraram os meus em um beijo suave, mas cheio de algo mais profundo, algo que me lembrava de que estávamos exatamente onde deveríamos estar.


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