Leonardo
O jardim estava silencioso demais. O vento frio soprava levemente, e o som do mar ao fundo parecia distante. Mas não era isso que me incomodava. Era o fato de Amber não estar aqui.
Meu coração começou a acelerar. Algo estava errado.
"Amber!" chamei novamente, dessa vez mais alto, minha voz ecoando no espaço aberto. Nenhuma resposta.
Franzi o cenho e apertei os punhos, sentindo a adrenalina subir pelo meu corpo. Passei as mãos pelos cabelos, tentando não deixar o pânico me consumir. Ela não poderia ter saído sozinha. Não depois do que aconteceu em Aspen.
Dei a volta pelo jardim, caminhando rapidamente entre as árvores, os olhos atentos a qualquer movimento. Nada. Nenhuma sombra, nenhum barulho de passos.
Minha respiração se tornou mais pesada.
Minha mente começou a correr para os piores cenários. E se alguém tivesse aproveitado a minha distração para levá-la?
Acelerei os passos de volta para a mansão. Assim que cheguei à entrada, encontrei um dos seguranças na porta.
"Você viu Amber?" perguntei, tentando manter a calma.
O homem ficou alerta e negou rapidamente. "Não, senhor Martinucci. A senhora não passou por aqui."
"Merda," murmurei, sentindo a irritação crescer. Olhei para dentro da casa e para os corredores vazios. Ela não podia simplesmente ter desaparecido.
Outro segurança se aproximou ao ouvir minha voz alterada. "Senhor, algo errado?"
"Amber não está no jardim e ninguém a viu sair," respondi rapidamente. "Quero todos os seguranças procurando agora. Ela pode estar em algum lugar da casa, mas eu quero cada canto revistado."
O segurança assentiu e imediatamente acionou os outros pelo rádio.
Minha ansiedade começou a se transformar em um desespero sufocante. Onde diabos ela estava?
Subi as escadas rapidamente, verificando um cômodo atrás do outro. A cada porta que abria e não a encontrava, meu coração batia mais forte.
"Amber!" chamei, minha voz ecoando pelos corredores.
Nada.
Meu pai apareceu no topo da escada, franzindo o cenho. "O que está acontecendo?"
"Amber sumiu," respondi, minha voz mais ríspida do que deveria. "Ninguém sabe dela desde o jantar. Eu achei que ela estivesse no jardim, mas ela não está lá."
Ele trocou um olhar sério comigo antes de fazer um gesto para um dos seguranças que estava ao lado dele. "Verifiquem a saída da propriedade. Quero saber se alguém a viu indo para algum lugar."
A tensão no ambiente aumentou. Minha mãe apareceu no corredor, segurando um xale nos ombros. "Leonardo, o que está havendo?"
"Amber não está no jardim," repeti, tentando esconder a angústia na minha voz. "Estou procurando por ela."
Eleonora suspirou e cruzou os braços. "Leonardo, você já olhou no quarto de vocês?"
Minha respiração falhou por um segundo. O quarto?
Como eu não pensei nisso antes?
Sem responder, girei nos calcanhares e corri pelo corredor, abrindo a porta do nosso quarto com força.
E lá estava ela.


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