Leonardo
O peso leve de seus dedos explorando meu peito quase me fazia perder o controle. Mas precisava me manter quieto, deixar que ela descobrisse seu próprio ritmo, suas próprias vontades.
"Não sei o que fazer," ela confessou, sua voz tremendo levemente. "Eu não podia..." segurei sua mão e a levei a meus lábios, a encarando.
"Faça o que quiser," murmurei, resistindo a vontade que continuava a crescer. "Explore. Descubra. Sinta."
A luz suave do abajur criava sombras douradas em sua pele, seus cabelos vermelhos caindo como uma cortina quando ela se inclinou sobre mim. Seus dedos traçaram uma cicatriz antiga próxima ao meu ombro.
"Como conseguiu isso?"
"Acidente de moto. Você costumava beijá-la toda vez que..."
Suas palavras foram cortadas pela sensação de seus lábios exatamente onde seus dedos estavam.
"Assim?" ela perguntou, e pude sentir seu sorriso contra minha pele.
"Exatamente assim," minha voz saiu rouca. "Você sempre soube como me provocar, B."
"Isso parece surreal..." seus dedos voltaram a brincar com minha pele, enquanto seus lábios faziam o mesmo caminho. Conforme ela ia descendo, eu me controlava para não expor tudo o que estava explodindo em meu peito.
Ela então se ergueu, e correu a ponta de seus dedos por meus lábios, e os beijei, mordiscando as pontas, isso a fez sorrir. Em seguida, seus lábios tocaram os meus com suavidade, como se testando formas novas de explorá-lo, diferente do que tínhamos feito na sacada. Não havia pressa, apenas curiosidade em cada movimento. O beijo mudou gradualmente, como uma onda crescendo. Sua língua explorou minha boca com mais urgência, enquanto seus dedos traçavam caminhos ousados por minha pele, indo até o cós da minha calça.
Quando suas unhas arranharam levemente meu peito, precisei reunir todo meu autocontrole. Esse momento era dela. Sua descoberta, seu prazer, mas porra, como estava difícil resistir a ela.
"O que está sentindo nesse momento?" sussurrei, apenas para manter minha mente presente no momento.
"É diferente," ela sussurrou, se afastando minimamente. "Meu coração está acelerado, minhas mãos tremem, mas não é medo."
"O que é então?"
"Ansiedade, desejo, euforia," as palavras escaparam como um segredo. "É assim que deveria ser sempre? Todos esses sentimentos misturados?"
"Sim," respondi. "Sempre."
Ela deslizou os lábios por meu pescoço, seus dentes roçando minha pele. "Me mostre onde mais eu gostava de te tocar."
Guiei sua mão delicadamente por meu corpo, cada toque dela mais confiante que o anterior, até chegar a meu membro, duro para ela.
Seus olhos se voltaram para mim e soltei sua mão, mas ela não a tirou dele, subindo e descendo por cima do pano.
"Você está perto, B. Está quase..." sussurrei em seu ouvido, quando ela gemeu ainda mais intensamente.
"SENHOR MARTINUCCI!" a voz urgente de Magnus e batidas fortes na porta nos interromperam.
"Não," ela gemeu frustrada quando parei e nos encaramos.
"Chefe, é urgente. O sr. Wong está na linha 2 e o senhor Vancelos, na 4."
"Ah que inferno." falei a tirando de meu colo, e passando as mãos pelo cabelo, de forma irritada.
"Me desculpe. Vou tentar voltar o mais rápido possível." falei, me levantando.
Mas antes que pudesse alcançar a porta, Amber segurou meu braço.
"Posso ficar aqui te esperando?" ela questionou, seus olhos ainda escuros de desejo.
"Deve," respondi, roubando um último beijo.
Era a primeira vez que a via frustrada por uma interrupção.

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