Amber
"O que você quer dizer com isso?" perguntei, confusa com suas palavras sobre matar Peter. Sobre prazer.
"Ele não só te tirou de mim, como tirou toda a essência de quem você era. Ele te destruiu de tantas formas que você ainda nem percebeu, B."
"Quando eu voltar a fazer terapia, eu sei que..." mas sua expressão furiosa me dizia que não era pouco o que eu tinha acabado de contar a ele.
"Não vamos mais falar sobre isso. Eu não consigo processar mais nada." ele falou tenso.
"E sobre o que as crianças falaram, sobre Calton estar na tv e..."
"Chega B, não quero falar sobre ele, ou sou capaz de ir agora mesmo até a casa dele, e acabar de uma vez com a mísera existência dele." pressionei meus lábios um contra o outro, e abaixei meus olhos. O peso dele voltou a cama e ergui meus olhos para encarar aquele homem enorme, que se inclinava em minha direção.
Lentamente, seus lábios encontraram os meus novamente, mas diferente do beijo anterior, esse era suave. Terno. Como se ele quisesse me mostrar algo que eu não conhecia.
"Não quero te machucar," ele sussurrou contra meus lábios. "Se você permitir, posso te mostrar como sentir prazer, mesmo sem tirar uma peça de roupa. Apenas te dando sensações."
"Isso parece impossível," murmurei, ainda tremendo com a proximidade dele.
Leonardo se deitou na cama, estendendo a mão em minha direção. Um convite, não uma ordem. "Deite aqui comigo."
Hesitei por um momento, mas algo em seus olhos me passou segurança. Mesmo assim, meu corpo permaneceu tenso, o medo da dor ainda muito presente.
"Feche os olhos," sua voz era como veludo em meu ouvido. "Vou te contar como era... como será quando você voltar a confiar em mim."
Obedeci, sentindo meu coração acelerar com a antecipação. Era estranho como meu corpo reagia a ele de forma tão diferente e tão entregue.
"Primeiro," sua voz era um sussurro rouco em meu ouvido, "vou beijar seu pescoço, bem aqui." Seus lábios roçaram levemente o local. "Você sempre adorou quando eu fazia isso."
Um arrepio percorreu minha espinha com a suavidade de seu toque.
"Depois," continuou, seu hálito quente em minha pele, "minha boca vai descer por seu ombro, enquanto minhas mãos acariciam suas costas. Lentamente. Muito lentamente."
"Leonardo..." minha voz saiu trêmula.
"Shh... deixe eu te mostrar. Vou beijar cada centímetro do seu corpo, B. Cada lugar que te faz tremer. Como aqui," seus dedos roçaram levemente minha nuca, "e aqui," desceram pela lateral do meu pescoço.
Meu corpo reagia involuntariamente a suas palavras, imaginando cada toque que ele descrevia.
"Quando você gemia meu nome," ele continuou, sua voz ainda mais baixa, "era o som mais doce que eu já ouvi. E você gemia muito, docinho. De prazer. Só de prazer."
"Eu..." tentei falar, mas ele continuou:
"Leonardo..." sussurrei, sentindo um calor desconhecido me consumir.
"Você gemia meu nome desse jeito," suas palavras eram puro pecado em meu ouvido. "Mas mais alto. Muito mais alto. Quando meus dedos tocavam seu centro, você entrava em erupção e quando eu a chupava..."
Era atordoante. Excitante. Um calor desconhecido se espalhou por meu corpo, e pela primeira vez senti algo... diferente. Um formigamento que parecia despertar cada nervo. Uma umidade entre minhas pernas que nunca tinha sentido antes.
Um gemido escapou de meus lábios quando ele mordeu suavemente minha orelha, me pegando de surpresa com a onda de prazer que me atravessou.
"Nunca mais," ele me puxou para mais perto, "vou deixar você pensar que fazer amor comigo causa dor. E só faremos quando você tiver certeza absoluta."
Me virei em seus braços, procurando seus lábios. "Como pode ser tão diferente? Como o que você diz pode parecer tão maravilhoso quando o que eu vivi foi tão..."
"Calton não é uma pessoa boa," seus dedos afastaram o cabelo de meu rosto com delicadeza. "Ele só pode oferecer o que tem dentro dele."
Fiquei pensativa enquanto seu dedo traçava cada linha de meu rosto, como se quisesse memorizar cada detalhe. Meu coração ainda batia acelerado, e aquele desejo que ele despertou... não queria recuar.
Minhas mãos encontraram os botões de sua camisa, abrindo-os lentamente. Era diferente agora, não havia medo, não havia ordens ou expectativas. Havia apenas curiosidade e um desejo crescente de descobrir mais sobre esse homem que me fazia sentir tão... viva.
Quando ergui os olhos, encontrei seu sorriso. "Pode explorar o que quiser," ele murmurou. "Sou todo seu."
E pela primeira vez desde que me lembrava, não senti medo do que poderia acontecer.

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