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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 74

Amber

A sala da suíte estava mergulhada na luz dourada da tarde, criando sombras suaves nos móveis caros. Do meu lugar perto do sofá, observava com um sorriso nos lábios enquanto Leonardo lutava com os fios dourados de Bella. Suas mãos grandes, acostumadas a assinar contratos milionários, agora tentavam, sem sucesso, fazer uma simples trança.

"Não, não é assim," ri baixinho quando ele embaraçou mais uma vez os cabelos dela. "Aqui, deixa eu te mostrar."

Me aproximei do sofá, sentindo meu coração acelerar ao colocar minhas mãos sobre as dele. Eram mãos fortes e quentes, os dedos longos agora tentando ser delicados com os fios sedosos da nossa pequena. Bella já lutava contra o sono, seus olhinhos pesados piscando devagar, enquanto se apoiava no braço do sofá.

"Você separa em três partes iguais," expliquei suavemente, guiando seus movimentos. "E depois vai passando uma por cima da outra, sempre mantendo a mesma tensão."

O perfume dele me envolvia, uma mistura de sândalo e algo mais forte que eu não sabia identificar. Era difícil manter o foco quando estávamos tão próximos, nossos braços se tocando enquanto eu mostrava os movimentos certos. A energia entre nós parecia viva, elétrica, me fazendo lembrar da sensação de ser adorada por ele.

"Assim?" ele perguntou, sua voz mais rouca que o normal.

"Quase," sorri, ajustando seus dedos. "Um pouco mais solto, senão machuca."

Bella soltou um bocejo enorme, suas mãozinhas esfregando os olhos já quase fechados. Louis já tinha adormecido no tapete felpudo, seu carrinho ainda seguro em uma das mãos.

"Pronto," falei baixinho, dando um passo para trás quando terminamos. "Agora é só prender com o elástico."

Bella já estava completamente adormecida quando terminamos, seu rostinho sereno apoiado no braço do sofá. Com cuidado, a peguei no colo, sentindo seu peso quente contra meu peito. Leonardo fez o mesmo com Louis, seus movimentos surpreendentemente gentis para alguém tão imponente.

Em silêncio, caminhamos até o quarto das crianças. O corredor parecia mais estreito com sua presença ao meu lado, nossos passos sincronizados no carpete macio.

Samia e Aretah esperavam do lado de fora, suas expressões profissionais mascarando a curiosidade.

"Só uma hora de soneca," avisei em voz baixa, ajeitando Bella em sua cama. "Senão não dormem à noite."

"Sim, senhora." falaram juntas.

Franzi a testa, confusa com suas palavras, mas ele apenas balançou a cabeça. "Esquece."

Começou a se afastar, seus passos decididos em direção à porta. Meu coração gritava para correr atrás dele, para não deixar aquele momento escapar. Mas então seu celular tocou, quebrando o encanto do momento.

"Oi, Martina," sua voz soou distante enquanto atendia.

Fechei os olhos, sentindo como se o momento tivesse sido quebrado. O nome dela era como um balde de água fria, me lembrando de nossa realidade. De repente, toda vontade de implorar seu perdão evaporou. Dei as costas e caminhei para meu quarto, engolindo as lágrimas que ameaçavam cair.

A porta fechou atrás de mim com um clique suave, abafando o som da voz dele falando com ela. Me encostei na madeira fria, deixando meu corpo escorregar até o chão. As lágrimas finalmente escaparam, silenciosas, enquanto eu abraçava meus joelhos.

Por que doía tanto ouvir o nome dela? Por que, mesmo depois de tudo, meu coração ainda acelerava quando ele estava perto? E por que, mesmo sabendo que não devia, eu só queria voltar lá fora e...

O som distante do elevador me fez saber que ele tinha ido embora. E eu continuava ali, presa entre a falta de lembranças e sensações que não queria sentir

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