Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 8

Amber

"Por favor, está me machucando." Minhas costas pressionadas contra a parede começavam a doer, mas o homem não se afastou. Seus olhos, tão parecidos com os de meus filhos, queimavam de ódio.

A sala VIP do Plaza Royal, que momentos antes me pareceu elegante com sua decoração em dourado e vermelho, agora mais parecia uma prisão. O segurança, Magnus, como o outro o chamara, bloqueava a única saída.

"Você não entende," tentei novamente, lutando contra as lágrimas. "Eu realmente não sei quem vocês são. Se me deixarem ligar para o meu noivo..."

"Noivo?" O homem riu, um som frio que me fez tremer. "Ainda não terminou sua atuação? Quer continuar fingindo que não se lembra de nada?"

Tentei me desvencilhar, mas ele era muito mais forte. O perfume dele, uma mistura de hortelã com algo amadeirado, me deixava tonta, despertando sensações que eu não compreendia.

A porta se abriu e outro homem entrou apressadamente. Aproveitei a distração para tentar correr, mas não fui rápida o suficiente. Magnus me agarrou pelo braço, sua mão revelando discretamente a arma em seu coldre.

"Sente-se," ele ordenou, me guiando até uma cadeira no centro da sala. "E seja uma boa menina, Bayer. Ainda estamos sendo delicados com você."

O recém-chegado entregou uma pasta a Magnus, que a repassou ao homem que eu ainda não sabia o nome. Observei, aterrorizada, enquanto ele retirava o smoking manchado de champanhe e o jogava sobre uma mesa próxima. A camisa branca por baixo também estava molhada, marcando seus músculos de forma intimidadora.

Ele abriu a pasta e seus olhos percorreram os documentos rapidamente. Cada segundo de silêncio aumentava minha angústia.

"Então," ele começou a caminhar em minha direção como um predador cercando sua presa, "me diz uma coisa, Amber. Se você não é a Amber Bayer, quem é essa?"

Os papéis voaram em minha direção, espalhando-se aos meus pés. Com mãos trêmulas, peguei o que parecia ser uma ficha funcional. Minha foto estava lá. Não, não exatamente minha foto. A mulher tinha os mesmos traços que eu, mas ali meus cabelos estavam vermelhos, da cor que Peter odiava.

"Amber Bayer," li em voz alta, "Diretora de Segurança Cibernética do MGroup." Meu coração disparou. "Isso... isso pode ser montagem. Qualquer um pode fazer isso hoje em dia."

"Montagem?" Ele se abaixou, ficando na minha altura, seu rosto a centímetros do meu. "Como explica isso então?"

Mais papéis foram empurrados em minhas mãos. Fotos. Dezenas delas. Eu, ou alguém assustadoramente parecida comigo, em diversos eventos corporativos. Em algumas, estava sozinha. Em outras...

"Oh meu Deus," deixei as fotos caírem quando vi uma em particular. Eu e ele, abraçados, sorrindo um para o outro com uma intimidade inegável.

"Começando a lembrar?" Sua voz estava mais suave agora, quase sedutora. "Ou preciso mostrar mais?" Sua boca se colou a minha, de forma voraz, fazendo meu corpo se chocar com a cadeira. Seus dedos se enfiaram em meus cabelos, soltando o coque frouxo.