Vittorio Bianchi
Cada minuto que passo com a Heloísa, sinto que estou cada vez mais viciado em seu sabor, e vê o quanto ela é receptiva ao meu toque, me faz sentir que sempre foi ela.
— Pequena, precisamos voltar para o evento, seus pais devem estar a nossa procura, mas te prometo que irei para seu quarto mais tarde.
Falo tomando posse de seus lábios mais uma vez.
Ajudo ela a se recompor e peço para que ela volte primeiro para o salão. Fico por um tempo tentando me recuperar do que aconteceu aqui. Como se eu quisesse guardar cada detalhe.
Depois de um tempo em que a Heloísa já está no salão eu saio da sala indo para o salão. De longe vejo minha pequena conversando com seus pais e um orgulho me toma ao ver que ela está com minha marca próximo a sua orelha que ela esconde discretamente com o cabelo. Apresso meus passos em sua direção quando sou interrompido pela pessoa que jamais queria encontrar novamente.
— Vittorio, quanto tempo, estava morrendo de saudades! — fala a Liliane, quando penso que não podia piorar ela não me dá chances de responder e me beija.
O beijo não durou nem um minuto sequer, mas ao nos separarmos vejo o olhar de decepção da Heloísa do outro lado do salão e isso me quebrou por inteiro.
— Você não deveria ter me beijado, Liliane, nunca mais faça isso.
Falo já me afastando indo a procura da minha pequena.
Caminho apressado pelo salão, desviando das pessoas enquanto procuro apenas um rosto: o dela. Minha pequena. Mas ao me aproximar do Hugo e da Ava, percebo que Heloísa não está ali.
— Cadê a Heloísa? — pergunto, tentando manter a calma, embora minha mente já esteja um caos.
Hugo cruza os braços e me encara com aquele olhar que nunca traz coisa boa.
— Ela saiu faz pouco tempo, parecia chateada. Sabe por quê?
Respiro fundo, já sabendo onde isso vai dar.
— Hugo…
— Ah, não precisa se explicar. Eu vi. Todo mundo viu, na verdade. A Liliane não perdeu tempo, e aí meu amigo vocês vão se acertar agora. — Ele balança a cabeça, rindo. — É impressionante como certas coisas nunca mudam.
Minha paciência já está no limite.
— Você acha que eu queria aquilo? Acha que deixei acontecer?
— Eu acho que todos viram o quanto a Liliane está empenhada em te reconquistar meu caro, agora só depende de você, acho que chegou o momento de você sossegar.
Sinto meu peito apertar. Eu precisava encontrá-la. Explicar tudo. Não podia deixar que ela acreditasse que aquele beijo significava alguma coisa.
Estou prestes a sair quando uma voz que me faz congelar ecoa atrás de mim.
— O tio Vittorio seria um idiota se voltasse com a mulher que abandonou ele no dia em que a pediu em noivado, mas fazer o quê? Homens são idiotas mesmo.
Viro-me devagar e encontro Heloísa parada ali, os braços cruzados, o queixo erguido, mas os olhos… aqueles olhos me acertam como um golpe direto no peito. Porque vejo ali algo que me destrói por dentro: mágoa.
Ela está ferida. Por minha causa.
Dou um passo em sua direção. Levando-a para um lugar mais discreto.
— Pequena… não é o que você está pensando.
— Não? — Ela ri, mas não há diversão nenhuma ali. — Então me diz, Vittorio, o que eu deveria pensar ao ver sua ex com a língua na sua boca?
— Eu não beijei ela! Foi ela que…
— Que ótimo, isso faz tudo ficar muito melhor! — interrompe, sarcástica. — Então você simplesmente ficou ali, parado, enquanto ela te beijava?
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