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Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 32

Vittorio Bianchi

Cada minuto que passo com a Heloísa, sinto que estou cada vez mais viciado em seu sabor, e vê o quanto ela é receptiva ao meu toque, me faz sentir que sempre foi ela.

— Pequena, precisamos voltar para o evento, seus pais devem estar a nossa procura, mas te prometo que irei para seu quarto mais tarde.

Falo tomando posse de seus lábios mais uma vez.

Ajudo ela a se recompor e peço para que ela volte primeiro para o salão. Fico por um tempo tentando me recuperar do que aconteceu aqui. Como se eu quisesse guardar cada detalhe.

Depois de um tempo em que a Heloísa já está no salão eu saio da sala indo para o salão. De longe vejo minha pequena conversando com seus pais e um orgulho me toma ao ver que ela está com minha marca próximo a sua orelha que ela esconde discretamente com o cabelo. Apresso meus passos em sua direção quando sou interrompido pela pessoa que jamais queria encontrar novamente.

— Vittorio, quanto tempo, estava morrendo de saudades! — fala a Liliane, quando penso que não podia piorar ela não me dá chances de responder e me beija.

O beijo não durou nem um minuto sequer, mas ao nos separarmos vejo o olhar de decepção da Heloísa do outro lado do salão e isso me quebrou por inteiro.

— Você não deveria ter me beijado, Liliane, nunca mais faça isso.

Falo já me afastando indo a procura da minha pequena.

Caminho apressado pelo salão, desviando das pessoas enquanto procuro apenas um rosto: o dela. Minha pequena. Mas ao me aproximar do Hugo e da Ava, percebo que Heloísa não está ali.

— Cadê a Heloísa? — pergunto, tentando manter a calma, embora minha mente já esteja um caos.

Hugo cruza os braços e me encara com aquele olhar que nunca traz coisa boa.

— Ela saiu faz pouco tempo, parecia chateada. Sabe por quê?

Respiro fundo, já sabendo onde isso vai dar.

— Hugo…

— Ah, não precisa se explicar. Eu vi. Todo mundo viu, na verdade. A Liliane não perdeu tempo, e aí meu amigo vocês vão se acertar agora. — Ele balança a cabeça, rindo. — É impressionante como certas coisas nunca mudam.

Minha paciência já está no limite.

— Você acha que eu queria aquilo? Acha que deixei acontecer?

— Eu acho que todos viram o quanto a Liliane está empenhada em te reconquistar meu caro, agora só depende de você, acho que chegou o momento de você sossegar.

Sinto meu peito apertar. Eu precisava encontrá-la. Explicar tudo. Não podia deixar que ela acreditasse que aquele beijo significava alguma coisa.

Estou prestes a sair quando uma voz que me faz congelar ecoa atrás de mim.

— O tio Vittorio seria um idiota se voltasse com a mulher que abandonou ele no dia em que a pediu em noivado, mas fazer o quê? Homens são idiotas mesmo.

Viro-me devagar e encontro Heloísa parada ali, os braços cruzados, o queixo erguido, mas os olhos… aqueles olhos me acertam como um golpe direto no peito. Porque vejo ali algo que me destrói por dentro: mágoa.

Ela está ferida. Por minha causa.

Dou um passo em sua direção. Levando-a para um lugar mais discreto.

— Pequena… não é o que você está pensando.

— Não? — Ela ri, mas não há diversão nenhuma ali. — Então me diz, Vittorio, o que eu deveria pensar ao ver sua ex com a língua na sua boca?

— Eu não beijei ela! Foi ela que…

— Que ótimo, isso faz tudo ficar muito melhor! — interrompe, sarcástica. — Então você simplesmente ficou ali, parado, enquanto ela te beijava?

Não respondo de imediato. Apenas me aproximo, reduzindo a distância entre nós. Sua respiração vacila quando meus dedos roçam sua cintura. Meu corpo se alinha ao dela, e minha boca encontra seu ouvido quando sussurro:

— Heloísa, desde o nosso beijo no seu aniversário há cinco anos atrás que não consigo beijar outra mulher. Não consigo sequer pensar em outra mulher.

Ela prende a respiração. Suas mãos, que estavam prestes a me afastar, param no meio do caminho.

— O… o quê?

Seguro seu queixo com delicadeza, forçando-a a me encarar.

— Você foi a última, pequena. — Minha voz sai rouca, carregada de tudo que estou sentindo. — Eu tentei, juro que tentei, mas nenhuma outra mulher tem o seu gosto. Nenhuma delas me faz sentir o que você me faz sentir.

Vejo seu peito subir e descer rapidamente, os lábios entreabertos como se buscasse ar.

— Então por que nunca me disse nada? Porque fugiu por tanto tempo? — sua voz sai quase num sussurro.

— Porque você era jovem. Porque eu não sabia se deveria. Mas agora… agora não consigo mais segurar isso, Heloísa. Não depois de hoje. Não quero mais esconder do Hugo ou da Ava.

Seus olhos brilham, e eu não sei se são lágrimas ou desejo. Talvez os dois.

Minha mão desliza até sua nuca, e inclino meu rosto até que nossas bocas estejam a um fio de se tocarem.

— Me diga para parar… — sussurro contra seus lábios. — E eu paro.

O silêncio dela é minha resposta.

E então, sem mais nada entre nós, finalmente a beijo.

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