Vittorio Bianchi
O quarto do hotel estava imerso em uma luz suave, com as cortinas parcialmente abertas, permitindo que os raios dourados do sol filtrassem pela janela. A atmosfera parecia carregada com tudo o que havia acontecido entre nós.
A saudade, a dor e, claro, o desejo que ainda queimava em meu peito. Cada passo que eu dava em direção a ela parecia um pedido silencioso, uma tentativa de reconectar o que a distância havia quebrado. Eu podia sentir os olhos dela em mim, como se quisesse me ler, desvendar as partes de mim que eu mal conseguia compreender.
— Heloísa…— minha voz saiu baixa, rouca, carregada de saudade. — Eu senti tanto a sua falta. — As palavras estavam carregadas de sentimentos reprimidos, sentimentos que eu finalmente estava permitindo que tomassem conta de mim.
Eu sabia que errei, sabia que a machuquei. Mas ver aquele olhar dela, o calor que emanava, me fazia querer mais. Ela se aproximou lentamente, e a tensão entre nós era palpável.
Heloísa olhou para mim, os olhos úmidos, mas havia algo mais. Algo que me fazia acreditar que talvez, só talvez, ela ainda sentisse algo por mim. Ela murmurou meu nome, e aquilo foi como um alívio.
Ela também sentia, ela também estava imersa nessa tempestade de sentimentos, mas, ao contrário de mim, ela tentava esconder, tentar não sucumbir a isso. Mas era tarde demais. O que havia entre nós sempre voltava, e não havia mais como fugir.
Eu me aproximei dela, mais uma vez, até estarmos tão próximos que eu podia sentir sua respiração. Seus olhos estavam fixos nos meus, e eu não consegui resistir. Levantei a mão e toquei seu rosto, acariciando a pele dela com a delicadeza de quem tem medo de perder novamente.
— Eu nunca quis te ferir, Heloísa. — Minha voz saiu suave, quase desesperada. — Eu errei. E agora, tudo o que quero é consertar. — Não queria mais jogar palavras vazias ao vento, queria ações, queria fazer com que ela sentisse o que eu sentia. Ela era tudo para mim, e eu sabia que tinha perdido tempo demais.
Antes que ela pudesse dizer algo, seus lábios encontraram os meus. Foi um beijo suave, mas ao mesmo tempo carregado de desejo e saudade. Nos beijamos por um tempo, nossas bocas se conhecendo novamente, como se não fosse possível passar mais tempo longe.
Eu a puxei para mais perto de mim, meus braços envolvendo sua cintura com firmeza, como se temesse que ela fosse se afastar de mim a qualquer momento.
— Eu sinto tanto sua falta. — Minha respiração estava irregular, e eu podia sentir o desejo queimando por dentro. — Não consigo viver sem você.
Ela fechou os olhos e, por um momento, parecia se perder na sensação, como se estivesse esperando que o momento fosse perfeito para se entregar. Eu não queria esperar mais. A saudade, a dor e o amor estavam em mim, em cada toque, em cada movimento. Sentia que ela estava no mesmo nível que eu, ela também sentia saudade, era como se não existíssemos separados.
Eu deslizei os dedos por seu pescoço, sentindo a pele quente, e ela gemeu baixinho. Isso só me fez querer mais. Não podia mais ignorar o que eu sentia por ela. Ela me puxou, suas mãos trêmulas retirando a camisa que ainda me separava dela.
Eu a ajudei, minha respiração ficando mais pesada à medida que o calor entre nós aumentava. Quando ela afastou a camisa de mim, olhou-me, com os olhos brilhando, carregados de desejo, e eu pude ver o mesmo que eu sentia, só que ela estava hesitante.
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