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Proibida para Mim: Apaixonado pela filha do meu amigo romance Capítulo 43

Heloisa Moura

Acordo com os braços do Vittorio em volta da minha cintura e a sensação que é a este lugar onde pertenço.

Saio do abraço do Vittorio e corro para o banheiro, mal tendo tempo de levantar a tampa antes de vomitar. Meu estômago se revira como se quisesse expulsar algo que nem sei se está lá. Seguro as bordas da pia, tentando recuperar o fôlego.

Sinto a presença dele antes mesmo de ouvir sua voz.

— Heloísa…

Olho pelo reflexo do espelho e encontro Vittorio parado à porta, os olhos escuros carregados de preocupação. Ele se aproxima devagar, como se eu fosse quebrar a qualquer momento.

— Você está bem?

Respiro fundo antes de responder.

— Acho que sim. Foi só… de repente.

Ele franze o cenho, claramente sem acreditar, e passa a mão pelo cabelo bagunçado.

— Isso já aconteceu antes?

Balanço a cabeça em confirmação. Minhas mãos tremem quando abre a torneira e levo um pouco de água à boca para tirar o gosto amargo. Não sei o que está acontecendo comigo, mas uma sensação inquietante se instala no meu peito.

Vittorio se aproxima e encosta a mão em minha cintura, sua preocupação quase palpável.

— Olha, se isso continuar, vamos ao médico, tá? Não quero você doente.

Concordo, mesmo sem saber se é só um passageiro, mal-estar ou algo maior. Mas, no fundo, algo me diz que minha vida está prestes a mudar.

— Helô, acho melhor você ir lá para casa, fica melhor para que possa cuidar de você. — Ele fala.

Observo Vittorio por um instante, tentando encontrar qualquer sinal de que ele está exagerando. Mas tudo que vejo é preocupação genuína em seus olhos. Respiro fundo e, mesmo sem ter certeza de nada, concordo com um aceno.

— Tá bom… Eu vou.

O sorriso dele se alarga, triunfante, e um brilho satisfeito passa por seu olhar. Ele não diz nada, apenas beija minha testa com delicadeza, como se estivesse selando um pacto silencioso.

— Então, fica aí quietinha que eu vou arrumar suas coisas.

Antes que eu possa protestar, ele já está do outro lado do quarto, pegando minha mala e começando a recolher minhas roupas espalhadas. Eu deveria dizer que consigo fazer isso sozinha, mas a verdade é que me sinto exausta. Meu corpo parece mais pesado do que deveria, e o cansaço se espalha por mim como um cobertor sufocante.

Encosto-me no batente da porta do banheiro, observando Vittorio se mover com eficiência. Ele dobra minhas roupas com um cuidado surpreendente, como se estivesse lidando com algo precioso.

— Você faz isso sempre? — pergunto, arqueando uma sobrancelha.

— Até que enfim, né, patrão? Teve coragem de ir atrás dela. Não estava aguentando mais o senhor pelos cantos da casa — Matteo provoca, cruzando os braços e lançando um olhar divertido para Vittorio.

Sinto minhas bochechas esquentarem enquanto Vittorio revira os olhos, claramente contrariado, mas sem conseguir esconder um meio sorriso.

— Não exagera, Matteo — ele resmunga, pegando minha mala e me guiando para dentro. — Ainda não posso falar para todos.

— Exagerar? Eu? — Matteo coloca uma mão no peito, fingindo indignação. — Só estou dizendo a verdade! Se você demorasse mais um dia, a gente ia precisar fazer uma intervenção!

Isabela solta uma risadinha e me lança um olhar cúmplice. Não sei bem como reagir, mas o calor que se espalha pelo meu peito denuncia que, de alguma forma, gosto do que ouço. A ideia de Vittorio sentir minha falta, de alguma forma, mexe comigo mais do que estou disposta a admitir.

Ele suspira pesadamente, ignorando os comentários e me conduzindo para dentro. A casa é ainda mais acolhedora do que imaginei. Os tons quentes da decoração contrastam com a sofisticação dos móveis bem distribuídos, criando um equilíbrio perfeito entre elegância e conforto.

— Vou levar sua mala para o seu quarto — Vittorio avisa, mas antes que ele possa sair, Isabela segura meu braço.

— Vem, vou te mostrar tudo. Sei que vai gostar.

Troco um olhar com Vittorio, que apenas assente, permitindo que Isabela me puxe animadamente pela casa. Matteo nos segue de perto, ainda sorrindo com sua expressão travessa.

— Desde quando você e o Vittorio, trocam confidencias? — Pergunto.

— Helô, vocês quando estavam aqui, juntos, disfarçavam muito bem, mas depois que você voltou para Nova Iorque, o Patrão, ficou descontrolado, sua companhia, eram as garrafas de uísque e o Ébano. Não precisava de muito para juntar todas as peças desse quebra-cabeça.

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