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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 106

Algum tempo depois, ela não saberia dizer quanto, Amber entrou devagarinho no quarto, atrás dela, Tailon, alto, o cabelo ruivo preso torto na nuca, os olhos claros brilhando de preocupação, vermelhos… Ele tinha chorado, pela prima que considerava como uma irmã.

— Posso…?

— Pode — Lyra sorriu, abrindo espaço no colchão. — Fica com eles um pouco, meu amorzinho, seu pai e eu precisamos conversar e resolver algumas coisas, ok?

Lua assentiu e Amber se aproximou, sentando-se na beirada e pegando a mão de Lua, apertando só um pouco tentando passar carinho. Tailon ficou na cabeceira, a cabeça baixa, claramente preocupado, mas não sabia se se preocupava mais com a prima ou com o que estava por vir.

— Você tá segura — ele falou, a voz baixa, mas firme. — A gente tá aqui.

Lua quis sorrir, mas só conseguiu um soluço, e Amber, com cuidado, puxou o cobertor grosso até o peito da amiga, embrulhando-a.

— Eu trouxe isso — ela tirou do bolso um lencinho amassado, cheiroso de lavanda. — Trouxe da Ventos Sombrios quando vim com vocês, era da minha mãe, o cheirinho dela sempre faz eu me sentir mais segura, pode te ajudar também amiga.

O nome de Camilla ainda era uma sombra entre as duas; mesmo assim, Lua apertou o lenço contra o rosto e respirou fundo, o perfume lembrando-a da mulher que sempre a tratou como uma filha.

— Obrigada — sussurrou, a voz gastinha.

— Eu faço qualquer coisa por você — Amber respondeu, sem hesitar.

Do lado de fora, a conversa era outra.

O corredor estava silencioso, exceto por passos apressados mais ao fundo e o movimento constante dos lobos e humanos que trabalhavam no hospital da alcateia. Lyra encostou as costas na parede fria, River ficou de frente para ela, os braços cruzados, seu rosto estava tenso, mais sério do que Lyra já havia visto.

— O que você acha? — ela perguntou, sem rodeios.

River demorou um segundo antes de responder, não porque não tivesse a resposta; mas porque cada resposta que ele tinha vinha cheia de consequências.

— Acho que ela viu um caminho — disse, por fim. — E caminhos podem ser mudados. — então olhou para a porta antes de continuar. — Mas também acho que ele realmente está vindo e vai fazer exatamente o que Lua viu, tentar arrancá-la de nós.

Lyra assentiu, a dor na voz de Lua quando descreveu a Luna caída ecoava em seu próprio peito, ainda que fosse apenas uma imagem de futuro. Mas sua morte a assustava menos do que a de seu companheiro, morrendo depois de vê-la cair, ela sabia que era uma dor forte demais para ele suportar.

— Atlas — murmurou. — Eu lembro de histórias dele, antes de você… — ela buscou as palavras e River completou com um levantar de sobrancelhas:

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