As duas se entreolharam, e o pavor aumentou, sabiam o que significava “liberdade” na boca dele: um corpo frio jogado no mato.
Jully, a mais nova, tinha cerca de 21 anos, deixou um sussurro escapar, erguendo os olhos molhados para ele, por mais que aquela vida não fosse boa, não queria morrer assim.
— Por favor…
Atlas sorriu de lado, um sorriso frio.
— Mas… — Atlas continuou, a boca quase encostando na orelha de Jully — se me satisfizerem como devem... quem sabe eu mude de ideia.
Então, o alfa soltou a corrente que ligava as duas e se recostou num tapete de pele estendido sobre o chão de terra batida. O peito largo exposto, coberto de cicatrizes, subia e descia num ritmo lento, como se ele saboreasse o medo das duas.
— Venham.
Cecile, a mais velha das duas, hesitou, mas quando Jully se mexeu primeiro, arrastando os joelhos até Atlas com o corpo encolhido de medo, ela foi atrás. As mãos dela tremiam quando se apoiou nas coxas dele, e os olhos vermelhos dele brilharam, famintos.
Jully deslizou as mãos pelo peito dele com esforço, os dedos trêmulos tocaram a pele quente, subindo lentamente pelas marcas no peito. Atlas soltou um som gutural, meio riso, meio rosnado, e segurou a nuca de Cecile com força.
— Você ainda treme como se fosse sua primeira vez… — murmurou. — E é isso que eu gosto em vocês, sempre com medo, sempre obedecendo.
Cecile fechou os olhos por um segundo, tentando afastar o nó de enjoo que crescia em seu estômago. Mesmo assim, inclinou-se para frente, pressionando os lábios na pele dele, subindo do abdômen ao peito, com movimentos calculados, tentando agradá-lo rápido, fazer tudo acabar logo.
Jully acompanhava, o corpo todo trêmulo, os olhos marejados, mas os gestos fluíam por instinto. As duas sabiam como ele gostava: submissão e medo, era o que o deixava excitado.
— Isso… — ele rosnou, apertando a cintura de Jully com brutalidade suficiente para deixar seus dedos marcados na pele frágil. — Quero as duas ao mesmo tempo, mostrem que ainda servem pra alguma coisa.
Elas se moveram, se tocaram entre si também, sabendo que isso o deixava mais excitado. Os lábios de Jully deslizaram sobre o pescoço de Cecile, enquanto Atlas as observava com olhos cheios de desejo. O calor na tenda aumentava, o som das respirações misturado ao tilintar das correntes e ao rosnado baixo dele. Então, quando o desejo já estava forte demais para conter ele se ergueu, estendendo as mãos para puxá-las para si…
Mas antes que pudesse tocar qualquer uma delas, um grito soou do lado de fora:
— Estamos sendo atacados! Protejam a tenda do alfa!
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