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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 110

As duas se entreolharam, e o pavor aumentou, sabiam o que significava “liberdade” na boca dele: um corpo frio jogado no mato.

Jully, a mais nova, tinha cerca de 21 anos, deixou um sussurro escapar, erguendo os olhos molhados para ele, por mais que aquela vida não fosse boa, não queria morrer assim.

— Por favor…

Atlas sorriu de lado, um sorriso frio.

— Mas… — Atlas continuou, a boca quase encostando na orelha de Jully — se me satisfizerem como devem... quem sabe eu mude de ideia.

Então, o alfa soltou a corrente que ligava as duas e se recostou num tapete de pele estendido sobre o chão de terra batida. O peito largo exposto, coberto de cicatrizes, subia e descia num ritmo lento, como se ele saboreasse o medo das duas.

— Venham.

Cecile, a mais velha das duas, hesitou, mas quando Jully se mexeu primeiro, arrastando os joelhos até Atlas com o corpo encolhido de medo, ela foi atrás. As mãos dela tremiam quando se apoiou nas coxas dele, e os olhos vermelhos dele brilharam, famintos.

Jully deslizou as mãos pelo peito dele com esforço, os dedos trêmulos tocaram a pele quente, subindo lentamente pelas marcas no peito. Atlas soltou um som gutural, meio riso, meio rosnado, e segurou a nuca de Cecile com força.

— Você ainda treme como se fosse sua primeira vez… — murmurou. — E é isso que eu gosto em vocês, sempre com medo, sempre obedecendo.

Cecile fechou os olhos por um segundo, tentando afastar o nó de enjoo que crescia em seu estômago. Mesmo assim, inclinou-se para frente, pressionando os lábios na pele dele, subindo do abdômen ao peito, com movimentos calculados, tentando agradá-lo rápido, fazer tudo acabar logo.

Jully acompanhava, o corpo todo trêmulo, os olhos marejados, mas os gestos fluíam por instinto. As duas sabiam como ele gostava: submissão e medo, era o que o deixava excitado.

— Isso… — ele rosnou, apertando a cintura de Jully com brutalidade suficiente para deixar seus dedos marcados na pele frágil. — Quero as duas ao mesmo tempo, mostrem que ainda servem pra alguma coisa.

Elas se moveram, se tocaram entre si também, sabendo que isso o deixava mais excitado. Os lábios de Jully deslizaram sobre o pescoço de Cecile, enquanto Atlas as observava com olhos cheios de desejo. O calor na tenda aumentava, o som das respirações misturado ao tilintar das correntes e ao rosnado baixo dele. Então, quando o desejo já estava forte demais para conter ele se ergueu, estendendo as mãos para puxá-las para si…

Mas antes que pudesse tocar qualquer uma delas, um grito soou do lado de fora:

— Estamos sendo atacados! Protejam a tenda do alfa!

— Mais flechas! — Atlas gritava, furioso ao ver seus soldados sendo quebrados como bonequinhos de porcelana.

Duas, três, quatro setas atravessaram o ar, fincando-se nas costas e ombros do monstro. Sangue escorreu em rios grossos. A fera rugiu mais uma vez, mas dessa vez não atacou, não conseguia mais, ele girou o corpo e disparou para longe, sumindo entre as árvores, deixando para trás um rastro de destruição e um guincho dolorido que ecoou pela mata.

Por um momento, o acampamento todo ficou em silêncio, não esperavam aquilo, um ataque brutal como aqueles no meio da terra de ninguém com uma criatura que ninguém nunca viu?

Atlas permaneceu parado por um instante, olhando o caminho por onde a fera desaparecera. A mandíbula dele se contraiu, os olhos vermelhos faiscando.

— O alfa supremo mandou essa criatura até aqui… — rosnou, mais para si do que para os outros. — Ele vai pagar caro por cada homem que matou!

Os soldados baixaram as cabeças, o medo misturado à obediência cega.

Atlas ergueu o rosto para o céu, os dentes à mostra num sorriso de puro ódio.

— Vou mostrar a ele o que significa desafiar o rei das montanhas.

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