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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 113

O corpo do mensageiro mal tinha esfriado quando River decidiu que a alcateia não teria mais luxo de silêncio. O portão norte foi lavado; o sangue, empurrado para além da linha das árvores como quem varre um mau agouro para fora de casa. Depois, o alfa supremo virou a noite em pé.

— Mudamos o revezamento — ele rosnou para Solomon, que encarava o mapa da região enquanto seu alfa apontava para alguns locais. — Turnos de três horas, sem brechas. Aos que não tem muita prática em lutar e se defender em suas formas de lobo, deve ser armado com prata, quero tudo o que conseguirem, até armas humanas se for necessário. Quero duplas de batedores a cada duzentos metros fora do muro, se qualquer sombra respirar diferente, eu quero saber.

— E os selos das bruxas? — Solomon perguntou, olhos muito sóbrios.

— Reforça, quero eles ao redor de toda a alcateia, ninguém pisa no nosso chão sem a gente saber e sem sair bem machucado. — A voz dele baixou, mais densa.

A alcateia virou máquina, os que não se davam bem com a tranformação se armaram, os humanos que viviam ali preferiram ir para as cidades, deixando a mata e a luta que não podiam lutar, e os uivos de treinamento voltaram a romper a manhã, a tarde e a noite, como se o dia tivesse mais horas do que realmente tinha. River treinou com guerreiros velhos, com jovens, com os medianos. Trocaram golpes até as mãos ferirem, até os pés pesarem. Ele corrigia postura, mandava recuar, mandava atacar, repetia o mesmo movimento cinquenta vezes com o mesmo soldado, paciente e exigente ao mesmo tempo.

Lyra o via de longe e de perto. De longe, ele parecia uma muralha, um foco que puxava tudo para o centro; de perto, ela via o tremor curto que às vezes riscava o músculo do antebraço, o jeito como ele apertava e soltava a mandíbula entre uma ordem e outra,os olhos vermelhos cheios de preocupação e… medo River estava com medo e escondia de todos, mas não dela, dela ele nunca conseguia esconder nada.

No terceiro dia sem dormir direito, ela o puxou pela mão para a sombra de uma coluna, longe dos ouvidos de todos.

— Você vai cair — disse, sem rodeios, sem enfeite, só amor em forma de aviso. — E se cair, todo mundo cai junto.

— Só caio quando ela estiver segura — ele devolveu, baixo, as mãos grandes segurando o rosto dela por um momento. — Preciso que tudo esteja no lugar quando Atlas chegar. Aquilo que ele disse sobre você… Isso não entra em nenhuma história onde eu sigo respirando tranquilo.

— Eu sei. — A loira encostou a testa na dele, os dois respirando o mesmo ar por alguns segundos. — Mas você também sabe que a gente fica mais forte quando descansa, só um pouco, querido. Uma hora, um almoço decente e água sem estar olhando pra um mapa ou mandando em alguém.

Ele hesitou, a mão dela desceu do rosto para o coração dele. River fechou os olhos um segundo, como quem entra num quarto escuro e escuta o silêncio.

— Depois do treino — cedeu. — Depis eu tento descansar um pouco, mas se alguma coisa acontecer, você me chama, certo?

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