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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 115

A noite chegou agitada, a alcateia ainda estava agitada, como se já não fosse madrugada, passos no muro, vozes baixas nos corredores, o som de metal empurrado de um lugar para outro. River, enfim, cedeu no quarto, depois de um dia muito longo, deitou de lado, o braço sob a cabeça, o outro estendido para o lado de Lyra, que estava sentada numa poltrona ao lado como se o vigiasse para garantir que ele realmente descansaria.

Enquanto isso, Lua adormeceu com facilidade que não combinava com suas preocupações e medos. Talvez fosse o cansaço, talvez fosse o fato da lua cheia estar chegando e isso acalmar seu coração, porque finalmente assim veria Caleb mais humano. O sono a pegou pela mão e levou de volta ao lugar onde a história sempre reencontrava o mesmo ponto.

A floresta, o cheiro de fumaça, o céu sem lua, só o brilho vermelho de alguma coisa queimando ao longe. Passos atrás dela, muitos, e muitas vozes.

“Entreguem a loba-oráculo…”

A clareira abriu de repente, como um rasgo no mundo, o penhasco surgiu diante dela, com um vento forte e gelado vindo dele, soprando para trás seus cabelos brancos. Atrás, um rugido, não o de Caleb, um uivo diferente, mais profundo, como se viesse de dentro do proprio penhasco, das profundezas escondidas da terra.

Atlas.

Ele surgiu entre as árvores com a forma humana, as mãos manchadas de sangue que ela não queria saber de quem era. O sorriso fácil, os olhos vermelhos de triunfo.

“Olha pra mim.” A voz dele cortou o ar. “Conheça o rosto do seu dono.”

“Eu não tenho dono” Lua disse, e foi bonito ouvir a própria voz firme dentro do sonho. “Você nunca vai me ter!” E correu para a borda, não por fuga, mas por escolha.

O corpo se lançou, e, no segundo antes do vazio engoli-la, o mundo tremeu. Então, duas mãos enormes, não mãos, garras; não garras, dedos; alguma coisa entre as duas coisas, a envolveram, com mistura de brutalidade e cuidado. O peito contra o qual ela se chocou era uma parede de calor, e um som de um coração descompassado, batendo forte, ecoou em seus ouvidos.

“Lu… a…” a voz veio arranhada, como primeira palavra de quem ficou anos mudo.

Então acordou de uma vez como se voltasse à superfície depois de quase morrer afogada num mergulho muito profundo. Sentou de uma vez, o quarto mergulhado na penumbra, Amber dormia com um braço por cima do rosto e uma brisa morna sacudia levemente as cortinas.

Lua levou a mão ao peito, tentando controlar a respiração, o rosto do Monstrinho ficou brilhando por trás das pálpebras: olhos vermelhos que, por um instante, não mostravam só raiva e descontrole, mostravam carinho e… amor.

Ela deitou de novo, mas não fechou os olhos, ficou olhando a janela clareada pela lua quase cheia, sentindo o coração ir desacelerando devagar.

— Eu vou te achar — sussurrou, para si, para a noite, para o destino. — Na lua cheia. E, se ainda tiver um homem aí dentro, eu vou trazer de volta.

Do lado de fora, um batedor passou correndo pelo pátio, a sombra alongada na parede. No quarto dos alfas, Lyra ajeitou um cobertor sobre River, e o alfa, finalmente adormecido, pareceu relaxar pela primeira vez em dias. No fundo da mata, muito longe, um som respondeu ao sonho de Lua: não era uivo, nem rugido; apenas um guincho triste de um monstro que encarava a lua prateada com esperança de que alguém finalmente visse nele mais do que um monstro cruel.

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