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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 143

A manhã amanheceu calma, o ar frio entrando pela entrada da grande caverna do Carion. Lua acordou primeiro, o cabelo branco bagunçado caindo sobre o rosto, o corpo coberto por um cobertor fino. Ao lado, no chão, Caleb dormia pesado, o corpo enorme encolhido como dava entre os cobertores improvisados.

Ela se virou, ainda sonolenta, e percebeu algo diferente. A respiração dele era mais leve, e sua pele já não estava tão coberta por pelos grossos e ossos saltando para fora. O coração de Lua acelerou.

Ela se sentou devagar e observou, as garras haviam sumido. O rosto, agora sereno, não tinha mais o focinho da fera, apenas feições fortes, conhecidas. O peito largo subia e descia devagar.

— Caleb... — ela sussurrou, aproximando-se. — Caleb, acorda.

Ele abriu os olhos, piscando algumas vezes até se acostumar à luz. O vermelho intenso tinha desaparecido; eram castanhos de novo, Humanos.

— Lua... — a voz dele saiu rouca, surpresa, mas não monstruosa como antes. — O que...

Ela apontou para as mãos dele.

— Olha!

Caleb levantou as mãos devagar, olhando os dedos, a pele limpa, sem garras.

— Eu... — Ele respirou fundo, como se tivesse medo que fosse um sonho. — Eu tô...

— Humano! — Lua completou, a voz subindo um tom, os olhos marejando de alegria.

Ele se levantou num salto, ainda meio trêmulo. Tocou o próprio rosto, o peito, os braços. Tudo nele era dele de novo, depois de muitos e muitos anos, talvez mais humano do que nunca fora. Um som leve escapou da garganta, um riso nervoso que virou um suspiro.

Lua o abraçou sem pensar.

— Eu sabia que ia acontecer! Sabia que a gente ia conseguir!.

Ele a envolveu nos braços, apertando com força, o rosto afundado no pescoço dela.

— Eu achei que nunca mais... — A voz falhou. — Nunca mais ia voltar a ser humano…

Lua ergueu o rosto e sorriu.

— Eu sonhei tanto com isso... com você assim...

Os dedos dele entraram por baixo da blusa dela, roçando a pele da cintura, subindo com lentidão. As garras dele estavam retraídas, mas o toque ainda era bruto, grande demais, intenso demais. O corpo inteiro de Lua tremia, entre o prazer, a adrenalina e o desejo explodindo pela primeira vez, depois de tanto tempo se contendo.

Caleb levou os lábios até o pescoço dela e mordeu de leve, arrastando a boca pela pele enquanto Lua apertava os quadris contra os dele, sentindo a ereção dele roçar onde ela mais precisava.

— Eu quero você... — ele sussurrou contra a pele dela, arfando. — Você é minha...

Lua gemeu em resposta, as mãos descendo para o peitoral dele tocando a pele quente, os músculos firmes que ela recém havia descoberto.

O beijo voltou, agora mais agressivo, mais desesperado, as línguas se encontrando num ritmo frenético. O calor deles enchia o lugar, o cheiro, o suor, a respiração pesada, tudo estava à beira de se transformar em algo mais.

E foi nesse exato momento que a porta se escancarou.

— Gente, vocês viram o... — Amber parou no meio da frase e soltou um gritinho. — AI MEU DEUS!

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