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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 143

Lua empurrou Caleb no susto, o rosto vermelho, e o lobo se afastou, tropeçando para trás. Amber tampou os olhos com a mão e riu, completamente envergonhada.

— Desculpa! Eu juro que não vi nada! — Ela abaixou a mão um pouco e espiou. — Quer dizer... vi, mas foi sem querer!

Lua riu, envergonhada.

— Amber! Pode tirar a mão do rosto, não estamos fazendo nada!

— Tá, tá… Tem certeza? — Ela abaixou as mãos então encarou o irmão com atenção, os olhos fixos no rosto de Caleb corado e com um enorme sorriso. Então, passou correndo e pulou no pescoço do irmão. —MEU DEUS, VOCÊ TÁ HUMANO!

Caleb riu pela primeira vez em muito tempo, o som foi leve, quase estranho.

— Acho que tô.

Amber apertou ele com força.

— Eu não acredito! — As lágrimas escorreram rápido. — Eu achei que nunca mais ia te ver assim.

Ele passou a mão no cabelo dela, sorrindo.

— Eu também achei.

***

Mais tarde, Renee apareceu na clareira, com um cajado em uma mão e o olhar firme. A notícia de que a fera finalmente voltou a forma humana se espalhou rápido pela toca das raposas, e por isso ela estava ali, seu sorriso mostrava felicidade, ma sos olhos ainda estavam duros.

— A fera adormeceu, mas o controle ainda não é seu — disse, olhando para Caleb. — Agora você precisa aprender a ir e voltar.

Lua e Caleb se entreolharam.

— Como eu faço isso? — perguntou ele, sério. — Tenho medo de me transformar de novo e… Ficar preso naquela forma de novo, sem controle, sendo um perigo pra todo mundo.

— Foco. — A raposa respondeu. — O corpo responde à mente, e sua a mente responde ao que ancora você.

Ela olhou para Lua, e Caleb entendeu.

— Ela. — Ele assentiu.

— Isso. — Renee cruzou os braços. — Ela é o seu ponto de equilíbrio, quando perder o controle, olhe para ela, pense nela, sua companheira. Foi ela que te trouxe de volta.

O treinamento começou ali mesmo, Caleb tentou se transformar, mas o corpo apenas estremecia. As veias saltavam, o suor escorria, a fera rugia dentro dele, mas não saía.

— Não força — disse Lua, segurando a mão dele. — Respira.

— Eu tô tentando. — Ele arfava. — Mas é... difícil.

— De novo — ordenou Renee. — Você e seu monstro são uma coisa só, ele é uma parte de você que você precisa aceitar!

Ele fechou os olhos e, aos poucos, a pele começou a mudar. Pelos surgiram, os ossos se moveram. Por um instante, a fera tomou forma, mas não inteira. Ele parou antes do limite, um meio termo entre humano e monstro, menor, mais fraco.

Lua sorriu.

— Você conseguiu.

Caleb caiu de joelhos, ofegante.

— Tá longe de ser perfeito.

— Mas é um começo. — Renee se aproximou. — Todo metamorfo precisa aprender a controlar a transformação, você está apenas passando pelo que todos passam, só um pouco mais tarde.

Lua o ajudou a levantar.

— Preciso ir ver como Jully está, pode continuar treinando com a Renee se quiser.

Caleb manteve o olhar fixo nela, o coração acelerando.

— A loba engravidou — continuou Renee. — De dois filhos. O plano das bruxas era simples: a maldição da deusa que estava na mãe seria passada para um das crianças, e o outro nasceria normal. Assim, ela viveria.

— Não... — Ele deu um passo para trás.

Renee assentiu devagar.

— A mãe dos gêmeos foi salva. Um filho nasceu livre e o outro, amaldiçoado.

Caleb ficou em silêncio, o rosto pálido.

— Está dizendo que...

— Sim. — A anciã o encarou com tristeza. — Foi sua própria mãe quem levou a maldição até você.

O ar pareceu sumir, Caleb recuou um passo, a respiração curta. Tudo o que se lembrava de sua mãe, nos poucos momentos de lucidez que tinha, não combinavam com o que Renee estava dizendo.

— Ela... me condenou. — murmurou.

— Ela estava desesperada — corrigiu Renee. — Cometeu um erro, mas as pessoas as vezes fazem coisas das quais se arrependem, seja em vida ou na morte.

Caleb ficou parado, sem saber o que sentir.

Renee apoiou uma mão no ombro dele.

— Às vezes, o amor escolhe caminhos que a razão nunca entenderia.

Ele não respondeu, apenas fechou os olhos, tentando respirar enquanto o peso da verdade caía sobre ele.

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