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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 145

Na clareira principal, dentro da cabana no fim da tarde, quando o sol já havia desaparecido e apenas alguns de seus raios remanescentes deixavam o céu rosado, Lua e Caleb estavam sentados juntos, tão próximos que a respiração de um já confundia a do outro.

— É tão estranho te ver assim…. — Lua falou, observando o perfil dele, os cabelos desgrenhados, o peito subindo e descendo devagar.

Caleb olhou para as próprias mãos, com um sorriso pequeno, ainda tinha medo de tudo aquilo ser um sonho, de uma manhã ele acordar e descobrir que era um monstro de novo.

— Nunca pensei que ficaria assim um dia, tão… Normal.

— Tá mais bonito agora.

— Só agora? — Ele provocou, a sobrancelha arqueada, um sorriso torto no canto da boca.

— Sempre foi. — Ela mordeu o lábio, rindo baixinho. — Mas agora dá pra ver direito.

O silêncio que se instalou foi só de palavras, o resto do corpo gritava. Caleb se aproximou, um movimento lento, passou o braço pela cintura dela, puxando-a para mais perto, até que Lua estivesse sentada no colo dele, pernas cruzadas de cada lado.

O beijo veio com fome, nada mais de hesitação, não precisavam ter medo de garras, espinhos ou de um monstro selvagem tomar seu lugar. Os lábios se procuraram, se encontraram, e o calor subiu rápido. Lua passou as mãos pelos cabelos dele, puxando, sentindo o peso do corpo forte debaixo do dela. Caleb segurou firme, os dedos apertando a cintura, descendo até a coxa.

As respirações ficaram rápidas, entrecortadas, o beijo aprofundou, e gemidos abafados entre um toque e outro ecoaram baixinho por ali. Lua arranhou de leve as costas dele, a pele arrepiada sob o toque das mãos grandes. Caleb roçou a boca pelo pescoço dela, lambendo e mordiscando devagar, deixando marcas suaves que faziam Lua se contorcer no colo dele.

— Caleb... — Ela arfou, perdida entre o querer e o medo.

— Finalmente eu posso... — Ele murmurou, a voz grossa, rouca de desejo, arrastando os lábios do pescoço até o queixo dela. — Tocar você sem te machucar…

Lua prendeu as pernas em volta da cintura dele e sentiu, sem vergonha, o quanto ele a queria também. Caleb segurou o rosto dela entre as mãos, o olhar fixo nos olhos dela, e a beijou outra vez, mais selvagem, mais fundo.

Os movimentos ficaram menos controlados, mãos por baixo da camisa, dedos passeando por pele quente, um roçar urgente de quadris. Caleb a deitou, cobrindo o corpo dela com o dele, a respiração já descompassada dos dois. Os dedos de Lua se perderam no cabelo dele, puxando, guiando o beijo mais fundo, o corpo inteiro pedindo para esquecer o mundo, esquecer tudo que não fosse aquele toque.

Quando o limite quase se quebrou, Lua prendeu o rosto dele entre as mãos, as bochechas coradas, o olhar firme e doce:

— Ainda não.

Caleb respirou fundo, se segurando, o peito subindo e descendo com esforço, o rosto colado ao dela.

— Eu espero, o tempo que for.

Lua sorriu, um sorriso meio triste, meio apaixonado, e beijou de novo o canto da boca dele, a testa encostada na dele.

— Eu sei.

***

Quando a noite finalmente chegou, deslizando para a madrugada, Renee sonhava, mas aquele não era um sonho comum.

O ar tinha cheiro de fumaça e ferro. A lua pendia no céu, vermelha como sangue fresco, lançando sua luz sobre um campo em ruínas. O chão estava coberto de corpos, lobos, raposas, guerreiros, todos caídos em silêncio, o vento passava carregando cinzas.

— NÃO! —

Lua.

A loba-oráculo corria entre os destroços, o corpo coberto de sangue, o cabelo prateado pegando fogo à luz da lua. Caiu de joelhos ao lado da fera caída, abraçando o corpo sem vida, gritando o nome dele até a voz sumir.

O lycan negro ergueu o rosto e uivou para o céu carmesim.

A lua observava tudo, fria, vermelha, implacável.

***

Renee acordou de um salto, o grito ainda preso na garganta.

O corpo inteiro tremia, o suor frio escorrendo pela nuca. As mãos buscavam apoio nos lençóis, o coração batendo rápido demais. Levou um tempo até perceber onde estava, seu quarto, o cheiro de ervas e incenso ainda no ar, o som distante do vento atravessando a toca das raposas.

Ela se sentou, os olhos arregalados, o peito arfando.

— O alfa supremo... — sussurrou, a voz falhando. — Vai matá-lo...

E pela primeira vez em anos, Renee sentiu medo de uma visão se tornar real.

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