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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 149

Renee se aproximou, ajoelhando-se ao lado dela, extremamente preocupada segurando as mãos de Lua.

— Calma, pequena. Respira.

— Eu vi tudo! — Lua chorava, desesperada. — Era um eclipse, e Atlas estava uivando, meu pai... ele... ele virou uma fera, perdeu o controle, e atacou Solomon, atacou Caleb...

Amber levou a mão à boca, horrorizada.

— O quê...?

Lua apertou os olhos, tentando respirar.

— Atlas vai usar o uivo pra controlar o Supremo. Ele vai fazer o meu pai matar todo mundo.

O silêncio que se formou foi pesado, Caleb se ajoelhou mais perto dela, o olhar firme, a voz rouca:

— Você viu isso mesmo?

— Vi. — Ela olhou pra ele, com os olhos marejados. — Vi o seu corpo no chão... Caleb, ele vai te matar.

Renee colocou uma das mãos no ombro da garota.

— As visões não são definitivas. — A voz dela era firme, mas calma. — Elas mostram o que pode acontecer se a gente não agir.

Lua olhou pra ela, os olhos cheios de medo.

— Então a gente pode mudar.

— Sempre pode, o futuro é sempre mutável. — Renee assentiu. — Mas só se você tiver coragem pra encarar o destino de frente.

***

Mais tarde, o salão principal da toca estava tomado por vozes, o grupo inteiro estava reunido: Lua, Caleb, Amber, Tailon, Renee, Solaris e Bertil, até as raposas mais jovens observavam de longe, curiosas.

Renee abriu um mapa sobre a mesa de pedra.

— Atlas está se movendo rápido. Se a visão da Lua é real, o eclipse ele vai atacar no eclipse. Depois disso, não vai ter mais volta.

Tailon cruzou os braços.

— E quando vai ser esse eclipse?

Solaris respondeu:

— Amanhã a noite, se olhar para o céu, vai até ver que a lua já está um pouco vermelha.

Amber olhou para a amiga. — Então a gente tem só algumas horas pra chegar lá.

Caleb se aproximou do mapa, os olhos vermelhos fixos no desenho.

— A Lua Sangrenta não fica longe se formos agora mesmo, chegamos lá amanhã durante o dia ainda. Como Atlas provavelmente atacará a noite, conseguimos chegar antes do caos explodir.

— Isso se Atlas não tiver batedores pelo caminho — disse Bertil. — E ele vai ter.

Renee respirou fundo.

— Mesmo assim, é a única chance. Se ele dominar o Supremo, acabou.

O silêncio se instalou.

Lua olhou para Caleb.

— Então a gente vai.

— A gente? — Amber perguntou, tensa. — Você quer mesmo voltar pra lá, Lua? Esse louco tá atrás de você, você tem que ficar!

Lua suspirou.

— Eu tenho que voltar, foi o que a visão mostrou. Eu vi ele levando o meu pai, e se a gente não impedir, ele vai matar todo mundo.

Caleb colocou a mão no ombro dela.

— Eu vou com você.

Ela o olhou, com os olhos marejados.

— Tá com medo?

— Tô. — Ela admitiu. — Mas vou mesmo assim.

Ele sorriu de leve.

— É isso que faz você ser diferente.

Ela olhou pra ele e, por um instante, o mundo pareceu parar. As feridas, o sangue, a guerra, tudo ficou distante e o que existia ali era só ele. Lua ergueu o rosto, e Caleb a beijou. calmo, firme, cheio de promessa e, quando se separaram, ela sussurrou:

— Se algo acontecer comigo...

— Não fala isso. — Ele a interrompeu. — Eu não vou deixar nada acontecer com você.

Ela assentiu, e o olhar firme dela bastou pra ele entender.

Renee observava o grupo à distância, a raposa também tinha uma bolsa nas costas o cabelo estava trançado e ela estava, como os outros pronta para partir.

— Que a Lua nos proteja.

***

Algumas horas antes do sol amanhecer, Cecile e Jully estavam na entrada da toca, observando o grupo partir.

Jully ainda estava pálida, mas sorriu fraco.

— Eles vão voltar.

Cecile assentiu, cruzando os braços.

— Vão sim, e quando voltarem, quem sabe a gente possa finalmente tentar voltar para nossas alcateias… Se der tudo certo, Atlas vai perder dessa vez.

Lá na frente, Lua olhava para o horizonte, as estrelas pontilhando o céu, a lua alta iluminando o caminho deles. Caleb caminhava ao lado dela, e os outros seguiam logo atrás, a Lua Sangrenta os esperava e o eclipse já estava a caminho.

“Estou indo, pai… Vou salvar você… Vou salvar todos!”

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