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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 172

Atlas entrou na sala do trono feito um furacão.

As portas bateram contra as paredes com um estrondo que ecoou pelo castelo inteiro.

Ele vinha mancando, respirando como uma besta ferida, o colar queimando contra a pele marcada de veias negras. Mas nada disso diminuía a fúria que transbordava dos olhos dele, um olhar venenoso, encharcado de ódio.

— TRAGAM O CHEFE DA GUARDA! — rugiu, arremessando uma mesa inteira contra a parede.

Cadeiras voaram, taças quebraram, as tochas tremeram como se sentissem medo.

Os soldados recuaram, pálidos, sem ousar respirar.

O chefe da guarda entrou correndo, tropeçando ao atravessar o salão, se ajoelhou imediatamente, a fronte encostada no chão gelado. Atlas girou em sua direção com a violência de quem arranca a cabeça de alguém com as próprias mãos.

— ME EXPLICA — vociferou, cuspindo cada palavra — COMO, NAQUELE MALDITO DIA, A LUNA CONSEGUIU FUGIR?! O QUE VOCÊS FIZERAM?! COMO DEIXARAM A ÚNICA PESSOA QUE PODE ACABAR COM TUDO O QUE PLANEJEI ESCAPAR?!

O chefe tremeu.

— M-meu rei… n-não sabíamos… ela… ela não estava desmaiada como achamos…

Atlas se aproximou num passo lento.

Perigoso.

Mortal.

***

FLORESTA, antes da chegada no castelo

Lyra estava caída no chão da tenda, as correntes prendendo seus pulsos, o mata-lobos impregnado na pele impedindo a transformação. A lua estava alta, fria, e o vento soprava como se anunciasse algo terrível, ela sabia que a essa altura os soldados de Atlas já estavam na alcateia e que o que havia restado ali eram poucos homens, os mais fracos, mais assustados.

Um soldado se aproximou, devagar, entrando na tenda.

— Vamos ver se a cadela ainda respira… — murmurou, inclinando-se.

Lyra abriu os olhos.

O brilho prateado era tão intenso que o soldado congelou no lugar, o terror dominando seu rosto como se mãos invisíveis apertassem sua garganta. Havia juntado suas forças para aquele momento, sabia que, naquele estado, não conseguiria fazer nada com Atlas, mas com um soldado? Seria muito mais fácil enganar a mente de um menino qualquer do que de um alfa.

Ela falou baixo, uma voz que ele nunca esqueceria:

— Corre.

O homem recuou, tropeçando, o coração batendo tão rápido que quase rasgou o peito.

Mas não teve tempo de fugir. Lyra puxou a corrente com toda força que restava, o metal estalou, o soldado caiu de joelhos, paralisado pelo medo que o dom dela provocara.

Ela avançou, rápida, precisa.

Com a corrente, o enforcou.

O homem lutou por alguns segundos antes de cair morto, o rosto congelado num grito silencioso.

Lyra pegou a chave presa ao cinto dele, as mãos tremendo de ódio e adrenalina.

Abriu as algemas, libertando os pulsos feridos.

O mata-lobos ainda queimava na pele, mas ela não ligou, precisava correr.

Saiu correndo da tenda passando se escondendo entre as sombras até alcançar a mata, pela mata.

Os galhos batiam em seu rosto, as raízes arranhavam seus pés descalços, mas ela não parou. Ela corria como quem foge da própria morte.

Foi quando ouviu os gritos.

— ELA FUGIU!

— PEGUEM A LUNA!

Os soldados surgiram entre as árvores, correndo, rosnando, cercando-a, Lyra parou, o peito arfando. O mata-lobos latejava sob a pele, mas algo maior latejava dentro dela.

Ódio.

Ela fechou os olhos.

Lembrou-se de River.

De Lua.

Capítulo 172: Explique! 1

Capítulo 172: Explique! 2

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