Eles se olharam um segundo mais, como se precisassem confirmar várias vezes que realmente estavam be, vivos e juntos. Então Caleb levantou da cama, ainda um pouco trêmulo, mas firme.
Lua segurou sua mão novamente.
— Vem comigo — pediu, puxando-o.
— Pra onde? — ele perguntou.
Lua apenas sorriu.
— Para um lugar que eu quero dividir com você.
Eles caminharam por uma trilha estreita, escondida entre as árvores antigas. A luz da lua filtrava pelas folhas, tingindo tudo de prata, o ar fresco trazendo cheiro de terra molhada e flores recém-abertas. Cada passo ecoava um pouco do passado, ainda que Caleb não soubesse, Lua estava levando-o exatamente ao mesmo lugar onde a história dos pais dela começou.
Quando a trilha finalmente se abriu, o lago apareceu diante deles.
A água calma refletia o céu escuro, e a d’água ao fundo criava uma trilha de névoa suave. O lugar era intocado, sagrado, acolhedor.
Um refúgio.
Lua parou diante da margem, respirou fundo e virou-se para ele.
— Minha mãe me mostrou esse lugar um tempo atrás, antes dessa loucura toda, foi aqui que ela decidiu aceitar meu pai como seu companheiro e confiar nele… — ela contou. — Foi aqui que minha mãe percebeu que amar alguém podia ser uma força… não uma fraqueza. A história dela é complicada mas meu pai curou o coração dela, sabia?
Os olhos de Caleb se suavizaram.
— Lua…
Ela baixou o rosto por um instante, os dedos brincando com as pontas dos próprios cabelos brancos.
— Eu tive tanto medo de perder você — confessou, finalmente deixando que a voz quebrasse. — Quando acordei e me contaram que foi meu pai que… Que foi meu pai que quase te matou eu não soube o que fazer, o que pensar tudo o que se passava na minha cabeça era implorar a deusa que não tirasse você de mim… Não ia aguentar perder meu companheiro e meu pai ao mesmo tempo…
Caleb se aproximou devagar, deslizando os dedos pelo braço dela até segurar sua cintura.
— Eu nunca vou te deixar — ele disse, firme, o olhar queimando de sinceridade. — Enquanto existir a menor chance, eu vou lutar por você. Até o fim. Até o último suspiro.
Ela arfou, o coração acelerando, e então caiu nos braços dele, enterrando o rosto no peito dele como se aquele abraço fosse o único lugar seguro que existisse. Caleb a envolveu com força, respirando o cheiro dela, sentindo o alívio percorrer seu peito como água fria.
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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Rejeitada: A Luna do Alfa supremo
Excelente pena que nao tem o livro impresso....
Muito bom! Livro excelente! História bem amarrada! Estou quase no final! Recomendo!...