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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 185

O campo de batalha não parecia mais uma montanha, parecia um inferno aberto. A neve manchada de sangue transformava o chão em um mosaico grotesco de vermelho e branco. O ar estava denso, carregado de fumaça, poeira, magia quebrada, rosnados, gritos, uivos. Era impossível saber onde a guerra começava e onde ela terminava. Era tudo ao mesmo tempo, tudo misturado, tudo pulsando como o coração descompassado de um mundo prestes a ruir.

E no meio disso, vidas tentavam não serem arrancadas.

Solomon e Petra surgiram primeiro no caos, duas sombras enormes avançando entre lobos inimigos. Solomon, em sua forma de lobo ruivo, era força pura, músculos tensos, garras afiadas, olhos dourados determinados. Petra, menor, ágil, feroz, rosnava ao lado dele, os pelos da nuca arrepiados, o peito arfando com cada investida.

Eles lutavam em sincronia.

Ele avançava, ela cobria seu flanco, ela mordia, ele finalizava. Eram um par perfeito na batalha, um encaixe natural de força e instinto.

Três lobos de Atlas pularam em cima deles ao mesmo tempo. Solomon se jogou contra o primeiro, arrancando pedaços do ombro do inimigo com os dentes. Petra se virou sobre si mesma, saltando como se pudesse voar, e acertou a garganta de outro, derrubando o lobo no chão em convulsões.

O terceiro veio por trás, mas nenhum dos dois o notou.

O lobo do rei saltou com as presas expostas, mirando o pescoço dela, e Solomon se colocou no caminho. O impacto foi tão forte que os dois rolaram pela neve, arrastando sangue atrás deles. O inimigo mordeu o flanco de Solomon, e Petra virou na hora, atacando o agressor com um rosnado tão forte que podia ser ouvido metros a frente.

Ela mordeu a cara do lobo, arrancando carne, o inimigo caiu morto.

Mas Solomon… cambaleou.

O sangue escorria em abundância do ferimento, profundo, feio, aberto demais. A respiração dele falhou por um instante.

“Solomon!”, Petra uivou seu nome, desesperada, correndo até ele.

Ele tentou ficar de pé.

“Está… Está tudo… Bem.”, mandou pela comunicação mental.

Mas as patas traseiras falharam por um segundo, e ele caiu de lado na neve, que ficou vermelha em questão de segundos. Ele ainda respirava, mas estava vulnerável agora.

“Não!” Petra rugiu, com a voz rasgada, a alma tremendo.

Ela se colocou diante do corpo dele, protegendo com a própria vida, os pelos eriçados, as presas expostas, assustada demais para pensar, e feroz demais para recuar.

Mais lobos vinham.

Ela rosnou para todos eles, pronta para morrer para proteger seu companheiro se fosse preciso.

***

Do outro lado do campo, entre as bruxas que lançavam seus feitiços e erguiam barreiras, estavam Helena, Ignis e Cecile, lutando juntas.

As três lobas avançavam como um núcleo familiar destinado a sobreviver no meio de monstros. Helena, mesmo mais velha, lutava com a ferocidade de uma loba jovem. Ignis, ágil e mortal, desviava de ataques como se dançasse com a morte. Cecile, recém-recuperada da vida de cativeiro, lutava como se estivesse vivendo pela primeira vez.

Era um contraste bonito e, ao mesmo tempo, brutal.

Um lobo gigantesco pulou sobre as três, derrubando Helena no chão com uma violência que fez seu corpo deslizar pela neve. O som do impacto ecoou. Helena soltou um uivo de dor, alto, rasgado, angustiante.

Ignis e Cecile se viraram na hora.

Capítulo 185: Dando tudo de si 1

Capítulo 185: Dando tudo de si 2

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