Ela virou o rosto, o coração apertando no peito de forma quase dolorosa. Mas, antes que pudesse reagir, ele continuou:
— Eu te amo.
O mundo parou por um segundo, um segundo longo demais para ser real.
Ela o encarou de volta, sem saber o que dizer, as palavras engasgadas na garganta, presas entre a emoção e a confusão. O dom ainda ativo a fazia sentir tudo com mais força, e o amor que pulsava de River a envolvia como uma onda quente.
Mas antes que qualquer coisa pudesse ser dita, um som de passos apressados cortou a clareira.
— Lyra! River! — Era Nora, correndo em direção a eles com a expressão alarmada. — Precisamos ir agora. Callie percebeu uma movimentação estranha na mata. Estão vindo na nossa direção.
River se levantou de imediato, o olhar voltando a se tornar sério, protetor. Estendeu a mão para Lyra, que ainda estava paralisada no chão.
— Vamos — disse ele, sem dar espaço para mais nada.
Ela segurou a mão dele e se pôs de pé, o coração ainda descompassado pelas palavras que ecoavam em sua mente. Eu te amo. Queria perguntar se era verdade, queria entender. Mas agora não era a hora, precisavam continuar.
Quando voltaram ao acampamento improvisado, Callie já estava com a mão na lâmina, os olhos dourados atentos mirando a direção leste, onde a mata se tornava mais densa.
— Quantos? — perguntou River.
— Não sei. Três, talvez quatro. Não se aproximaram muito ainda, mas não são animais comuns.
— Lobos?
— Ou caçadores, senti cheiro de prata. — Callie falou entre os dentes, os olhos atentos a cada sombra.
— Pode ser só um grupo perdido... — disse Nora, mas a própria voz não tinha convicção.
— Ou podem estar nos seguindo desde o último ataque. — River passou a mão no queixo, pensando rápido. — Precisamos nos mover. Agora.
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