Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 25

A lua cheia estava alta no céu, lançando uma luz prateada sobre as árvores densas da floresta. O ar era gelado, úmido, e cada passo parecia ecoar como um sussurro de alerta entre os galhos. River caminhava à frente, com a expressão fechada e o olhar atento, os olhos brilhando levemente em vermelho em meio a escuridão. Atrás dele, Lyra, Nora e Callie se mantinham próximas, os sentidos aguçados, o cansaço evidente nos rostos, mas o foco era outro: estavam perto.

Tão perto.

— Devemos chegar ao território da Lua Sangrenta antes do amanhecer — murmurou River, os olhos passando rápido pela trilha pouco visível à frente. — Se tudo der certo, encontraremos patrulheiros assim que cruzarmos as fronteiras, sempre foram muito vigilantes.

— Só espero que realmente nos aceitem lá — disse Callie, com a respiração pesada. — Não estou querendo dizer que você mentiu… Mas já fomos recusadas em muitos lugares só por sermos renegadas.

— Se alguém questionar, eu mesmo respondo — interrompeu River. — Não se preocupem, vão ser muito bem tratadas lá.

Lyra não disse nada, seus olhos estavam fixos nas sombras ao redor, como se algo ali a observasse. Ainda que a floresta estivesse silenciosa, havia uma tensão no ar, como se estivessem sendo caçados sem saber.

Horas antes, haviam feito pausas para treinar. Pequenos intervalos de descanso que River aproveitava para testar a força de Lyra, e ela dava seu melhor para não o decepcionar. Estava melhorando aos poucos, mesmo que fosse dificil.

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— De novo — ele disse, com um pequeno sorriso, empurrando Lyra para o chão.

Ela caiu de lado, arfando, suja de terra, mas não hesitou. Se levantou em segundos, lançando-se sobre ele como uma loba faminta. Seus golpes ainda não eram perfeitos, mas estavam muito melhores, mais certeiros e mais fortes.

Mas River já havia notado que o forte dela era a rapidez, Lyra era muito rápida, mesmo sem notar o quanto.

— Você está aprendendo rápido — elogiou ele, quando ela finalmente conseguiu imobilizar sua perna. — Se continuar assim, vai ser mais forte do que imagina.

— Isso se eu não morrer antes — respondeu ela, ofegante, mas com um sorriso feliz, adorava saber que não era de fato tão fraca quanto imaginou que seria.

Nora assistia tudo com olhos arregalados, nunca foi treinada, afinal, fugiu da antiga alcateia com a irmã após Callie ser rejeitada e marcada. Por fim, depois de olhar para a irmã como quem pede autorização e receber um sorriso de incentivo de Callie, ela se aproximou.

— É jovem — disse River, se agachando. — Vao crescer ainda, não se preocupe, pequena — enquanto falava isso, o supremo se colocava na ponta dos pés para dar uma batidinha na cabeça da loba garantindo que ela ficaria maior.

Ele não se transformou, sabia que o monstro dentro dele não podia ser solto ali. Sabia que seu lobo era selvagem demais para treinos e não queria assustar ninguém. Ele olhou para Lyra, esperando se ela finalmente iria decidir se transformar a vista de todos, mas a viu negar com a cabeça e sussurrar:

— Eu não consigo — sua voz era baixa, esperando que Nora, que estava distraida com a irmã, não ouvisse. — Tenho medo do que vou ver quando me transformar, medo de me sentir fraca.

— Vai se surpreender quando se der uma chance — River disse acariciando o rosto da loira, mas não exigindo mais dela.

O supremo chamou Nora e, juntos, treinaram por algumas horas antes de voltar a caminhar.

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