Entrar Via

Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 28

A lua já havia escalado os céus quando Camilla chegou aos portões da alcateia. O lobo da guarda hesitou por um segundo ao vê-la, os olhos escuros percorrendo o estado lamentável em que ela se encontrava, os cabelos grudados ao rosto, as roupas sujas de sangue seco e terra, os olhos opacos. Mas bastou que ela erguesse o queixo e o fitasse com arrogância para que ele recuasse e abrisse caminho, afinal, ela era a Luna, e não era da conta de um guarda o que a Luna fazia em seu tempo livre.

Ela atravessou os corredores sem dizer uma palavra. O corpo doía, os músculos estavam moles e ela só queria se deitar, mas não podia, não agora, tinha que fazer o que precisava, nada poderia dar errado.

A banheira foi enchida até a borda, com óleos, essências e ervas que exalavam aromas adocicados e intensos, uma tentativa desesperada de mascarar o cheiro podre que parecia ter entranhado na própria alma da loba. Mergulhou o corpo na água quente e ficou ali por quase uma hora, esfregando a pele até ficar vermelha, até seus dedos enrugarem e sua visão turvar.

Quando saiu, o vapor já cobria os espelhos e o ambiente como uma neblina sufocante. Secou-se com cuidado, prendeu a respiração ao encarar o reflexo da mordida encravada em sua clavícula, e então passou maquiagem sobre o hematoma com mãos trêmulas. Corretivo, pó, blush. Precisava parecer saudável, desejável, sensual.

Vestiu uma lingerie preta de renda fina, que abraçava seu corpo como uma segunda pele. Soltou os cabelos em ondas densas e borrifou seu perfume favorito nos pulsos, pescoço e coxas. Quando terminou, olhou-se uma última vez no espelho e sorriu de canto, um sorriso falso, tenso, que não tocava os olhos.

Pegou o celular e enviou uma mensagem para sua melhor amiga.

Seline... venha até o meu quarto. Agora.

Poucos minutos depois, a porta se abriu. Seline entrou em silêncio, os olhos castanhos piscando em confusão ao ver a amiga vestida daquela forma.

— Camilla? Você tá bem?

— Estou ótima. — Ela virou-se, apoiando-se na penteadeira com uma expressão fria. — Preciso que faça uma coisa pra mim.

— O quê?

— Quero que vá até a cozinha... e misture isso aqui no copo do alfa.

Camilla entregou um pequeno frasco âmbar com um líquido esverdeado e viscoso. Seline franziu a testa, hesitando ao pegar o frasco entre os dedos.

— O que é isso?

— Um afrodisíaco poderoso — respondeu, sem rodeios. — Vai fazer o corpo dele queimar por dentro. Ele não vai resistir, vai querer a primeira mulher que aparecer na frente dele… mas só eu vou satisfazê-lo.

Capítulo 28: Eu preciso de um filho - parte 1 1

Verify captcha to read the content.Verifique o captcha para ler o conteúdo

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Rejeitada: A Luna do Alfa supremo