Não teve tempo de relaxar, Tommy entrou segundos depois, fechando a porta atrás de si.
— Temos um problema — disse o beta, direto, sem rodeios.
Kael ergueu uma sobrancelha.
— Acabou de amanhecer e você vem com isso? Que tipo de problema?
— Uma informação que eu tenho certeza de que você não vai gostar nem um pouco — Tommy disse, se aproximando da mesa. — Os soldados da fronteira que costumam vigiar os arredores da terra de ninguém escutaram conversas... boatos entre os renegados.
— Boatos? Que merda eu tenho a ver com boatos? — Kael repetiu, entediado.
— Esse você vai querer saber — o beta afirmou, cruzando os braços. — Estão dizendo que uma ômega loira foi vista na companhia do Alfa Supremo.
O silêncio que se seguiu foi cortante.
Kael endireitou-se na cadeira, os olhos escurecendo lentamente.
— O que disse?
— Uma loira, bonita, forte. Está guiando o Alfa Supremo, guiando ele até alguma alcateia escondida. Disseram que ela é uma renegada, ou talvez... uma rejeitada.
Kael apertou os punhos sobre a mesa, um músculo pulsou em sua mandíbula.
— Eles têm certeza disso?
— São só boatos, por enquanto. Mas... se for verdade, você sabe quem pode ser...
— Claro que não é verdade — ele rosnou, levantando-se. — O alfa supremo está morto, e mesmo que estivesse vivo, o que ele faria sendo guiado por uma omega inútil? Estão todos loucos.
— Mas se for verdade e se essa omega for sua companheira… — Tommy disse, com cuidado.
Kael cerrou os dentes, a raiva começando a ferver sob a pele.
— Não... isso não é possível. Aquela omega nunca teria sobrevivido eu vi como a tiraram do calabouço… — resmungou, encarando o beta com desdém. — Além disso, alfas supremos são uma lenda, histórias contadas para filhotes se comportarem antes de dormir. O último morreu há séculos.
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