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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 32

— Você não precisa me contar nada se não quiser, Lyra — disse River, com a voz baixa, gentil, um contraste absurdo com a ferocidade que seus olhos carregavam ao vê-la chorar. — Estou aqui, do seu lado. Sempre estarei.

Lyra respirou fundo. Sua garganta queimava. Cada palavra era um corte novo em feridas que nunca cicatrizaram. Mas, por alguma razão que ela não compreendia, ela queria que ele soubesse, precisava que ele soubesse.

— Eu... eu quero falar, River. Quero que você saiba... tudo.

Ele assentiu uma única vez, silencioso, respeitoso, enquanto ela continuava.

— Aquele dia... — Seus dedos se fecharam em punhos pousados sobre as coxas. — Eles não só me bateram. Não só me prenderam. Eles... eles me violentaram, River. Todos eles. Um por um. Até que eu não conseguisse mais gritar. Até que meu corpo parasse de reagir. Eu... — sua voz falhou, e ela engoliu em seco, as lágrimas agora escorrendo sem resistência — eu nunca tinha sido tocada por homem algum. Nunca. E eles... roubaram isso de mim. Rasgaram algo dentro de mim que eu nem sabia que existia.

River fechou os olhos, a mandíbula travada como se conter sua fúria exigisse cada gota de autocontrole que lhe restava. O silêncio que pairou era denso, quase palpável. Só o som da cachoeira preenchia o ar, como um sussurro distante da natureza tentando consolar o que era inconsolável.

Ele se levantou devagar, os olhos cravados nela com uma dor que refletia a dela. Então, segurou suas mãos com firmeza e a colocou de pé. O olhar dele queimava. Vermelho. Cheio de ódio. Mas ainda assim gentil com ela, nunca contra ela.

Sem dizer uma palavra, River se ajoelhou diante dela. Enlaçou sua cintura com os braços fortes, o rosto pressionado contra seu ventre nu. Sentiu o cheiro dela. Seu cheiro doce, único, agora misturado ao sal amargo das lágrimas. Beijou sua pele com reverência, como se cada beijo fosse uma promessa.

— Eu me ajoelho diante da minha Luna... — murmurou contra sua barriga, os lábios trêmulos. — E te juro, Lyra, pela lua e pelos ancestrais... que eu vou esperar o tempo que for. Um ano. Um século. Uma eternidade. Se você nunca quiser se deitar comigo, ainda assim eu vou continuar aqui. Te amando. Te protegendo. Se você me quiser ao seu lado, eu nunca irei embora. Nunca.

Lyra levou uma das mãos ao cabelo dele, acariciando os fios castanhos escuros com carinho. A dor ainda estava ali, mas também havia uma pequena centelha de luz. Uma fagulha. Esperança.

River levantou o rosto. Os olhos vermelhos, as presas quase visíveis, e mesmo assim, havia ternura.

— Mas eu também te prometo outra coisa. — Sua voz agora tinha um tom baixo, perigoso. — Eu vou matar todos eles. Um por um. Os malditos que ousaram tocar em você. E o alfa deles... o bastardo que comandou tudo isso... eu vou arrancar o coração dele com as minhas próprias mãos. Isso vai acontecer. Daqui a alguns dias. E não haverá lugar na terra ou no inferno onde possam se esconder de mim.

— River... — Lyra o olhou, o coração apertado entre o medo e o alívio. — Isso pode ser perigoso...

— Nada é mais perigoso do que perder você. — Ele se levantou, os olhos em chamas. — Nada. E se você quiser, Lyra... se me disser que quer vingança, que deseja isso tanto quanto eu, então nada vai me impedir. Nem deuses, nem monstros, nem a própria morte.

Capítulo 32: A verdade - parte 3 1

Capítulo 32: A verdade - parte 3 2

Capítulo 32: A verdade - parte 3 3

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