Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 43

O clima na alcateia Ventos Sombrios estava pesado. O cheiro do medo, da tensão e da desconfiança pairava no ar, quase sufocante. Assim que Kael desceu do carro, todos os lobos que estavam no pátio desviaram os olhos, abaixaram a cabeça e recuaram para longe do caminho dele, como se a simples presença do alfa queimasse.

Ele caminhava furioso em direção à mansão, cada passo mais pesado que o outro, sentindo o corpo estranho, como se algo estivesse fora do lugar… mas ignorou. Mal passou pela porta da frente, viu Belia se aproximar com passos apressados.

— O que foi agora? — rosnou, apertando os olhos, impaciente.

— Precisamos falar… — A anciã abaixou um pouco a cabeça, cautelosa. — Sobre a Luna.

— Porra, Belia, de novo essa merda?! — bufou, passando a mão no rosto, os dentes rangendo. — Você me persegue, é isso? Se eu soubesse que ter uma Luna me daria tanto trabalho, teria ficado solteiro.

Tommy, que caminhava ao lado dele até aquele momento, ergueu as mãos.

— Deveria ir checar — disse, dando meia-volta. — Vou resolver os assuntos que ficaram pendentes enquanto viajamos.

— Não se meta. — Kael bufou, irritado.

Sem querer ouvir mais uma palavra, puxou a anciã pelo braço e praticamente arrastou ela até seu escritório.

— Fala logo, Belia! — gritou, batendo a porta com força. — Não tenho paciência pra mais uma crise histérica da Camilla. Já tô cheio disso.

A anciã respirou fundo, tentando escolher as palavras. Sabia que aquilo era sério, que contar isso poderia trazer sérias consequências para sua Luna, mas não podia mais guardar aquele segredo, afinal, sua maior lealdade era ao alfa e, com certeza, ele não machucaria a Luna grávida.

— A Luna… ela… ela está doente, alfa.

O alfa apertou os olhos, o peito subindo e descendo rapidamente.

— Doente? — repetiu, cruzando os braços. — Lobos não adoecem, Belia. Que merda de desculpa é essa agora?

— Eu sei. — ela respondeu, engolindo em seco. — Mas… ela tá piorando muito rápido. E… e eu acho que é mais sério do que imaginávamos.