Lyra sentiu o estômago gelar, como se já soubesse que aquilo seria algo sério.
— River… — sussurrou, segurando a gola da camisa dele. — O que foi?
O supremo respirou fundo, apertando levemente a cintura dela, como se aquilo lhe desse força para falar.
— Está na hora de acertar as contas. — seus olhos escureceram, assumindo aquele tom negro que ela já sabia o que significava. — Está na hora de começar o cerco contra Ventos Sombrios.
O coração de Lyra disparou imediatamente. As mãos dela apertaram a camisa dele, os olhos arregalados.
— Mas… — engoliu em seco. — Você tem certeza? Agora?
River segurou o queixo dela, forçando-a a encará-lo.
— Eu esperei tempo demais, Lyra. — sua voz saiu mais baixa, carregada de dor e raiva. — Eles não vão sair impunes. — deslizou o polegar pela bochecha dela, suavizando um pouco o tom. — Mas você não precisa se preocupar, meu amor, sei exatamente o que estou fazendo.
A loba apertou os olhos, respirando fundo, lutando contra a vontade de implorar para que ele não fosse.
— E se eles… se eles fizerem alguma coisa com você? — perguntou, a voz embargada.
River segurou seu rosto com ambas as mãos, colando as testas mais uma vez.
— Eles não podem. — respondeu firme. — E mais… — puxou o olhar dela de volta para si. — Quando eu for… quando eu finalmente pegar aquele maldito… — os olhos ficaram ainda mais escuros, quase ameaçadores. — Quero que você esteja comigo.
Lyra arregalou os olhos, surpresa.
— O quê?
— Você me ouviu. — apertou a cintura dela. — Eu quero que você esteja lá, quero que olhe nos olhos dele quando ele cair de joelhos, quero que ele saiba… que a mulher que ele tentou destruir… está viva, forte e ao lado do lobo que vai acabar com ele.
O corpo de Lyra tremeu inteiro. Não era medo… era algo mais profundo. Era a ferida sendo tocada, mas dessa vez não para doer, e sim para cicatrizar.
Ela respirou fundo, segurou o rosto dele e assentiu.
— Eu vou estar, River. — sua voz soou mais firme do que ela esperava. — Eu vou estar lá.
Ele sorriu de canto, e o sorriso dele era como um raio de sol em meio à tempestade.
— É isso que eu queria ouvir. — respondeu, beijando a ponta do nariz dela, depois deslizando os lábios até sua boca em um beijo demorado.
Quando o beijo terminou, ele deslizou a mão até a nuca dela, segurando-a ali.
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