Entrar Via

Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 44

Lyra sentiu o estômago gelar, como se já soubesse que aquilo seria algo sério.

— River… — sussurrou, segurando a gola da camisa dele. — O que foi?

O supremo respirou fundo, apertando levemente a cintura dela, como se aquilo lhe desse força para falar.

— Está na hora de acertar as contas. — seus olhos escureceram, assumindo aquele tom negro que ela já sabia o que significava. — Está na hora de começar o cerco contra Ventos Sombrios.

O coração de Lyra disparou imediatamente. As mãos dela apertaram a camisa dele, os olhos arregalados.

— Mas… — engoliu em seco. — Você tem certeza? Agora?

River segurou o queixo dela, forçando-a a encará-lo.

— Eu esperei tempo demais, Lyra. — sua voz saiu mais baixa, carregada de dor e raiva. — Eles não vão sair impunes. — deslizou o polegar pela bochecha dela, suavizando um pouco o tom. — Mas você não precisa se preocupar, meu amor, sei exatamente o que estou fazendo.

A loba apertou os olhos, respirando fundo, lutando contra a vontade de implorar para que ele não fosse.

— E se eles… se eles fizerem alguma coisa com você? — perguntou, a voz embargada.

River segurou seu rosto com ambas as mãos, colando as testas mais uma vez.

— Eles não podem. — respondeu firme. — E mais… — puxou o olhar dela de volta para si. — Quando eu for… quando eu finalmente pegar aquele maldito… — os olhos ficaram ainda mais escuros, quase ameaçadores. — Quero que você esteja comigo.

Lyra arregalou os olhos, surpresa.

— O quê?

— Você me ouviu. — apertou a cintura dela. — Eu quero que você esteja lá, quero que olhe nos olhos dele quando ele cair de joelhos, quero que ele saiba… que a mulher que ele tentou destruir… está viva, forte e ao lado do lobo que vai acabar com ele.

O corpo de Lyra tremeu inteiro. Não era medo… era algo mais profundo. Era a ferida sendo tocada, mas dessa vez não para doer, e sim para cicatrizar.

Ela respirou fundo, segurou o rosto dele e assentiu.

— Eu vou estar, River. — sua voz soou mais firme do que ela esperava. — Eu vou estar lá.

Ele sorriu de canto, e o sorriso dele era como um raio de sol em meio à tempestade.

— É isso que eu queria ouvir. — respondeu, beijando a ponta do nariz dela, depois deslizando os lábios até sua boca em um beijo demorado.

Quando o beijo terminou, ele deslizou a mão até a nuca dela, segurando-a ali.

— Lyra, ouça o que eu vou te dizer… — sua voz estava baixa, mas carregada de uma força que fazia a espinha dela arrepiar. — Você já é minha Luna, não precisa de cerimônia nenhuma, não precisa de marca nenhuma pra isso. — apertou o queixo dela. — Você é e ponto.

Ela piscou, sentindo as lágrimas arderem nos olhos.

— River… — sussurrou, a voz tremendo. — E se eu errar?

O supremo sorriu, acariciando a pele dela com cuidado, enquanto seus olhos transbordavam de carinho.

— Você não vai. — respondeu, sem pestanejar. — E sabe por quê? — passou o polegar pelo lábio inferior dela. — Porque você já tem a essência de uma Luna. — deslizou a mão pela nuca dela. — Forte, corajosa e dona do meu coração.

As lágrimas caíram sem que ela pudesse segurar. Ela apertou a camisa dele, escondendo o rosto no peito largo, respirando fundo o cheiro dele como se precisasse gravar aquilo dentro da própria alma.

— Tá… tá bom. — sussurrou, a voz embargada. — Eu faço isso. — levantou o rosto, encarando ele. — Mas você me promete… PROMETE… que volta pra mim.

River segurou o queixo dela, roçando o nariz no dela antes de colar suas bocas.

— Eu prometo. — sussurrou contra seus lábios. — Pela Deusa, eu volto pra você, meu amor. Você é meu lar, e eu sempre, sempre, voltarei para casa.

Então ele colou seus lábios nos dela, num beijo intenso, faminto, mas também carinhoso, cheio de promessas que River daria seu sangue para cumprir.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Rejeitada: A Luna do Alfa supremo