— Eu… eu não sei! — respondeu, gaguejando, tentando se soltar. — Isso… isso não é normal, alfa! — arregalou os olhos, sentindo o cheiro que vinha do corpo do próprio alfa. — Você… você também está… — não conseguiu terminar.
Kael empurrou Tommy contra a parede, respirando com dificuldade.
— Cala a boca! — gritou, olhando para as próprias mãos, que tremiam. — Lobos não adoecem… — apertou os olhos. — Isso não faz sentido. — apertou os punhos. — Eu sou o alfa! A deusa da lua não pode me punir! — rugiu. — EU SOU O ALFA DESSA PORRA!
Mas por mais que gritasse, o cheiro não sumia. A fraqueza que sentia no corpo não diminuía.
E lá, do quarto, a voz de Camilla ecoou, carregada de rancor.
— Isso é culpa sua, Kael… — gritou, entre tosses e risadas doentias. — Tudo isso… é culpa SUA. Não adianta fingir que não é…
Kael cerrou os dentes, chutou a porta, e o olhar de nojo que lançou para Camilla era o mesmo que lançava para qualquer lobo doente que cruzava seu caminho.
— Você… — apontou para ela, a voz cheia de ódio. — Você me trouxe essa praga, sua maldita! — cuspiu.
Camilla riu, a risada seca e quebrada.
— Eu? — apertou os braços no próprio corpo, os olhos fundos e enlouquecidos. — Não, meu amor… — soltou uma gargalhada doentia. — Isso… foi você. — olhou diretamente nos olhos dele. — E agora… — respirou fundo, olhando para os próprios braços, onde a pele já parecia se soltar em pedaços. — Você vai cair. — ergueu o olhar, com um sorriso macabro.
Kael respirava pesado, rangendo os dentes, completamente perdido entre o pavor e a fúria.
O caos… tinha começado.
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