Lyra ficou imóvel por alguns segundos, piscando, tentando ter certeza de que tinha ouvido direito.
— Você… tá falando sério?
Ele sorriu, passando o polegar pelos lábios dela.
— Nunca falei tão sério em toda a minha vida, meu amor.
Por alguns segundos, River achou que ela fosse recusar. O silêncio de Lyra fez seu peito apertar, o olhar dela parecia distante, como se estivesse ponderando mil coisas ao mesmo tempo. Ele chegou a abrir a boca para tentar se justificar, mas antes que qualquer palavra saísse, ela o interrompeu:
— Na verdade... eu acho uma boa ideia. — respondeu, encarando-o, com aquele olhar doce, mas agora muito mais seguro de si. — Justamente porque daqui a um mês as alcateias que querem se aliar vão estar aqui. E eles poderão presenciar isso… — ela apertou a mão dele — …ver que eu sou sua Luna, de verdade.
River piscou algumas vezes, absorvendo o que ela acabara de dizer, até que um sorriso enorme surgiu em seu rosto.
— Minha loba… — ele puxou-a para mais perto, apertando-a forte. — Você não faz ideia do quanto me faz feliz.
Ela sorriu, com as bochechas coradas, e respondeu baixinho:
— Na verdade, acho que faço sim…
Ele riu e capturou os lábios dela em um beijo intenso, profundo, cheio de desejo e carinho. A mão dele segurava firme a nuca dela, enquanto a outra deslizava pela cintura, puxando-a ainda mais para seu corpo.
O beijo foi longo, até faltar o ar, até o corpo de ambos responder com arrepios e suspiros. Quando se separaram, River deixou a testa colada na dela, os olhos fechados, respirando fundo, tentando se controlar.
Mas então, com a voz mais grave e arrastada, Lyra perguntou, com um tom tenso:
— E… como foi lá?
O sorriso no rosto dele desapareceu, os olhos vermelhos abriram lentamente, voltando a fitar os dela. Por alguns segundos, River não respondeu. Apenas ficou ali, olhando-a como se ponderasse até onde deveria ir com aquela verdade.
Por fim, suspirou.
— Bem… — passou a mão pelos cabelos, apoiando as costas na cabeceira da cama. — Agora, fui apenas dar um aviso. Ainda não acabei
— Aviso? — ela arqueou uma sobrancelha. — Que tipo de aviso?
Ele fechou os olhos por um segundo, respirou fundo, e respondeu com aquela voz grave, cheia de autoridade.
— Que o tempo deles acabou. Que em breve, tudo aquilo que eles construíram vai desmoronar. Que ninguém ali está seguro.
Lyra engoliu em seco.
— Você… — ela parou, olhando dentro dos olhos dele, e completou, em tom baixo. — Você matou alguém… não foi?
River não respondeu, apenas desviou o olhar, apertando o maxilar, e aquele silêncio disse tudo.
Ele respirou fundo, segurou a mão dela e falou, com um tom calmo, mas firme:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Rejeitada: A Luna do Alfa supremo