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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 51

Tommy obedeceu, mas manteve a cabeça abaixada, as mãos trêmulas apertando uma contra a outra.

— Explique. — River cruzou os braços, apoiando-se na cadeira, o olhar afiado como lâminas. — E escolha muito bem suas palavras, beta... porque se eu achar que é mentira... — seus olhos ficaram vermelhos, e a voz desceu uma oitava —... você sai daqui em pedaços.

Tommy respirou fundo, fechando os olhos por um instante antes de encará-lo, olhando para River, mas evitando os olhos do supremo em sinal de respeito.

— A alcateia Ventos Sombrios... está apodrecendo. — começou. — As ômegas estão morrendo... — apertou os olhos, apertando os punhos — Nossos lobos estão adoecendo, crianças, mulheres, guerreiros. E... — sua voz falhou por um instante —... o próprio alfa está definhando.

Solomon se manteve em silêncio, mas seu corpo inteiro parecia pronto para atacar se qualquer sinal de traição surgisse.

— E por que isso me interessa? — River arqueou a sobrancelha, o tom carregado de desdém. — Se espera que eu fique com pena porque estão sofrendo, saiba que isso não vai mudar em nada meus planos.

— Porque... — Tommy engoliu em seco —... mesmo assim, ele pretende atacar a Lua Sangrenta. Quer levar todo lobo saudável com ele, vai condenar todos a morte numa batalha que sei que ele não pode vencer, nem que toda a alcateia estivesse saudável e lutando com ele.

O alfa cruzou os braços, erguendo o queixo.

— E por que diabos você viria aqui me contar isso?

Tommy ergueu o queixo, respirando fundo.

— Porque não concordo com mais nada do que ele faz e porque meu povo não merece morrer por conta da loucura de um alfa que não pensa na sua alcateia. — apertou os punhos. — Eu tentei, Supremo. Tentei fazê-lo ouvir, fazê-lo parar, mas ele tá cego. Cego de ódio e de obsessão.

River ficou em silêncio, analisando cada reação, cada tremor, cada gota de suor escorrendo pela testa de Tommy.

— E o que exatamente você quer? — perguntou enfim.

O supremo tamborilou os dedos na mesa por alguns segundos, até erguer-se lentamente. Sua presença parecia preencher o ambiente inteiro, como se o ar tivesse ficado mais pesado.

Ele deu a volta na mesa, parando à frente de Tommy, encarando-o de cima.

— Levante-se. — disse, sem tirar os olhos do beta. — E sente-se. Quero ouvir o que tem a dizer com clareza.

Tommy obedeceu, os músculos tensos como cordas prestes a arrebentar. Sentou-se na cadeira em frente à mesa do alfa, as mãos sobre os joelhos, tentando manter a respiração sob controle.

— Agora me diga — River cruzou os braços —, por que eu confiaria em você?

O lobo engoliu em seco, mas ergueu o olhar.

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