Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 56

O sol mal havia nascido e a alcateia Lua Sangrenta já estava reunida diante da grande porta de madeira escura que marcava a entrada da mansão. O ar da manhã estava frio, trazendo o cheiro da terra molhada da noite anterior. Os lobos reunidos murmuravam entre si, olhos atentos, cheios de expectativa e também de medo.

River estava parado alguns degraus acima, alto e firme, usando uma camisa preta simples e calças igualmente escuras. Ao lado dele, Lyra vestia uma blusa clara que deixava parte do pescoço à mostra, onde em breve receberia a marca, e Solomon mantinha o olhar sério, como sempre.

O alfa levantou a mão, chamando a atenção de todos, e as conversas cessaram.

— Irmãos e irmãs — começou River, a voz firme ecoando pelo pátio. — Hoje partimos para ajustar contas antigas. Vamos até a Ventos Sombrios acabar com aqueles que ousaram desrespeitar as leis da deusa da lua. Eles machucaram nossa luna, maltrataram ômegas e ignoraram todas as regras que mantêm a ordem entre nós, se curvaram para aqueles velhos que ousaram colocar suas leis nojentas acima das leis da nossa deusa.

Um silêncio pesado caiu, rompido apenas pelo som do vento passando entre as árvores. Alguns lobos trocaram olhares inquietos, temendo o que poderia acontecer.

River percebeu isso e continuou:

— Sei que muitos têm medo. — disse ele, o tom mais brando. — Mas não vamos partir para morrer, vamos para vencer. Estaremos de volta em dois dias no máximo, e tudo isso será apenas parte do passado. A partir desse dia, ninguém mais ousará tocar em nossa luna ou questionar a força desta alcateia.

Solomon deu um passo à frente, o rosto sério.

— Enquanto estivermos fora, quero que todos permaneçam atentos. Protejam nossas crianças, cuidem dos doentes e garantam que ninguém de fora se aproxime. — ele olhou para as faces conhecidas na multidão. — Confio em cada um de vocês.

O murmúrio voltou, dessa vez mais calmo, muitos assentiram, alguns até ergueram o queixo, tentando afastar o medo.

Então Lyra respirou fundo e deu um passo à frente. O coração dela batia forte, mas o olhar permaneceu firme ao encarar suas companheiras, especialmente as lobas mais jovens. Era a primeira vez que falava assim, a frente de toda alcateia, e mesmo que não estivesse marcada sabia que já era a luna daquela alcateia.

— Eu sei que estão preocupadas. — disse ela, a voz suave, mas firme. — Também tenho medo, mas sei que é preciso encarar isso para que possamos seguir em frente. — passou o olhar pelos rostos tensos à sua frente. — Voltaremos mais fortes. Não deixaremos que nada aconteça àqueles que amamos. E quero que saibam que eu voltarei… — fez uma breve pausa, a emoção apertando a garganta. — Voltarei por vocês.

Algumas lobas mais velhas balançaram a cabeça em aprovação, e até mesmo as mais jovens pareceram se acalmar ao ver a determinação nos olhos da luna.

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