Alguns minutos antes
Kael andava de um lado para o outro no grande salão da mansão, os passos pesados ecoando pelo mármore. O rosto pálido estava tomado por veias azuladas, a pele quase cinzenta e os olhos vermelhos de fúria. Havia tão poucos guerreiros... apenas um punhado de homens que se encolhiam sob o peso da própria respiração.
— Covardes! — rosnou ele, a saliva voando da boca. — Vocês não são nada! Nada! Acham que podem me abandonar agora? Vão me deixar lutar sozinho e se esconder como ratos nojentos?
Um dos soldados, um lobo jovem de rosto cansado, tentou se explicar:
— Alfa... somos poucos... isso é suicídio...
Antes que terminasse a frase, Kael avançou e deu-lhe um tapa tão forte que o rapaz caiu de joelhos, o rosto virando de lado, os olhos arregalados pelo choque e medo.
— Cale essa boca! — gritou o alfa, cuspindo as palavras. — Se quiser viver, vai lutar! Todos vocês! Até o último maldito lobo dessa alcateia!
Tommy, parado mais atrás, observava em silêncio. Seus olhos passavam pelo rosto pálido do alfa e depois iam para a janela. O sol já começava a sumir no horizonte, pintando o céu de laranja e vermelho. Era hora, ele precisava agir.
Respirou fundo, o coração disparando, e então deu um passo à frente:
— Alfa... — disse, mantendo a voz firme. — Talvez possamos procurar mais gente que saiba lutar. Podemos reunir todos nos jardins, ver quem ainda tem forças. Muitos podem não ser soldados, mas podem servir para algo.
Kael girou o corpo, o olhar ardendo de loucura, mas balançou a cabeça rapidamente.
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