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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 60

Lyra respirou fundo, olhando para as omegas que se encolhiam ao redor. Então ergueu a voz:

— Obrigada. — Ela olhou especialmente para Camilla, os olhos prateados suavizando-se um pouco. — Nenhuma de vocês tem culpa pelo que aconteceu. Nem vocês, nem você, Camilla. A culpa... é de quem criou esse sistema podre. Vocês foram vítimas, assim como eu fui.

Algumas omegas choraram em silêncio, os ombros tremendo, aliviadas por ouvir aquilo, e era a verdade, um sistema que obrigava as lobas a olharem umas para as outras como rivais, como inimigas, fortaleciam os machos que apenas as viam como troféus e objetos para satisfazer suas vontades e terem seus filhotes, perpetuar sua linhagem tão suja e podre quanto aquele sistema.

Lyra virou-se para River, o olhar firme, pedindo com um gesto quase imperceptível. O supremo entendeu sem precisar de palavras. Um rosnado profundo saiu de sua garganta, fazendo até as pedras estremecerem.

De repente, River avançou. Com a força bruta de um lycan, agarrou o primeiro guarda e, num movimento só, arrancou sua cabeça, o sangue jorrando quente, pintando a terra e respingando em Kael. O grito que ecoou não foi do soldado morto, mas dos que estavam ao lado, desesperados.

Lyra não desviou o olhar, mesmo quando o sangue respingou nela, manchando sua pele de vermelho rubro como um quadro abstrato sendo pintado. Ela sabia que aquilo precisava ser visto, que a justiça não podia mais ser escondida.

River não parou. Avançou para o segundo guarda, o rosnado ainda ecoando no peito, e fez o mesmo, arrancando a cabeça como se fosse nada. O cheiro de sangue tomou o ar, denso, quase sufocante.

O terceiro tentou rastejar para longe, mas River o alcançou com a pata, empurrando-o contra o chão de terra, antes de erguer a cabeça dele e arrancá-la também.

Kael, que assistia a tudo, ficou branco como cera. Começou a tremer, o corpo todo tremendo, o medo estampado no rosto que antes só sabia mostrar crueldade.

— Por favor! — Kael engasgou com as próprias palavras, o sangue antigo secando no rosto. — Lyra... por favor, tenha misericórdia! Eu... eu fui um tolo...

Os olhos dele corriam do rosto de Lyra para Camilla, a voz rouca de desespero.

— Camilla! — ele gritou, cuspindo as palavras. — Você é minha luna, mande eles pararem! Faça alguma coisa, sua inútil!

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