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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 61

O que restava da liderança da Ventos Sombrios estava ajoelhada e, com ela, os demais membros também se curvaram diante do supremo e sua luna, como se aquele gesto partisse uma represa invisível, toda a alcateia foi se ajoelhando atrás deles. Homens, mulheres, lobas, soldados, até mesmo crianças que observavam com medo se colocaram de joelhos, as cabeças abaixadas. O som das respirações pesadas misturava-se ao farfalhar da brisa gelada que cruzava o pátio, como um lamento sussurrado.. Ajoelharam-se não apenas perante a luna do supremo, mas perante tudo que ela representava ali: justiça, dor e redenção.

River, em sua forma bestial, ergueu a cabeça e olhou para Lyra. Os olhos vermelhos, quase humanos em expressão, pareciam perguntar: E agora?

Tommy ergueu o rosto para Lyra, sua voz rouca soando:

— O que vai fazer com a gente, Luna? — perguntou, usando o título não como obrigação, mas como um reconhecimento sincero.

Lyra ficou em silêncio por alguns segundos. O peso daquele momento esmagava o peito dela. O ódio ainda queimava em sua garganta, lembranças cruas e cruéis como as marcas deixadas em sua alma. Mas, olhando nos rostos abaixados, viu medo, vergonha… e também esperança. Sabia que o maior culpado por tudo o que lhe aconteceu estava morto, então, será que aquelas pessoas não mereciam uma chance?

Ela suspirou, deixando o ar sair devagar, e falou, a voz firme, mesmo que ainda trêmula de emoção:

— Vocês carregam culpa por terem se calado… — começou, sentindo o ar pesar ainda mais ao redor dela. — Mas a culpa maior morreu com Kael.

Algumas cabeças se ergueram, tímidas, enquanto outras permaneciam abaixadas, como se temessem acreditar.

— Vou lhes dar a chance que ele nunca me deu. — Lyra continuou, e seu olhar foi de Tommy para Camilla, depois para toda a multidão. — Vocês estarão livres para continuar vivos… desde que nunca mais voltem a trilhar o caminho que Kael impôs. Sejam justos, protejam suas omegas e lembrem-se de quem pagou com sangue para que vocês tivessem essa segunda chance.

Tommy baixou a cabeça, as lágrimas escorrendo. Camilla, respirando com dificuldade, ergueu a mão trêmula, mas foi Lyra quem tomou a iniciativa. Ela estendeu a mão para Camilla e apertou com delicadeza, ajudando a Luna da Ventos Sombrios a se levantar, num gesto tão simples, mas tão cheio de significado.

— Você agora é a líder deles — disse Lyra, a voz embargada. — Faça diferente do que Kael fez, seja justa, Camilla. Eu tenho certeza que, se cumprir o seu papel, a deusa vai abençoar esta alcateia de novo.

Camilla mordeu os lábios para conter o choro, as lágrimas escorrendo quentes pelas bochechas pálidas. Ela balançou a cabeça, emocionada.

— Eu prometo, Lyra… — a voz dela saiu fraca, mas carregada de verdade. — Prometo que vou cuidar deles como devia ter feito antes.

Foi nesse momento que algo chamou atenção de todos. Um som quase imperceptível, como o estalar de um galho seco. Todos olharam para o jardim atrás do pátio central, onde desde o dia do casamento havia crescido uma única flor negra, feia e retorcida, nascida da maldição que se espalhara sobre aquela terra.

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