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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 65

Alguns dias se passaram desde aquela conversa tensa no escritório de River. A Lua Sangrenta não parou um segundo sequer: sentinelas reforçaram as patrulhas nas fronteiras, novos lobos treinavam em grupos, e a preparação para a cerimônia da marca seguia a todo vapor. A alcateia inteira parecia pulsar em um ritmo de ansiedade e expectativa, como se todos sentissem no ar o que estava por vir.

Na manhã clara de um desses dias, Lyra despertou sozinha. O espaço ao lado dela na enorme cama estava vazio e ainda morno, sinal de que River havia acabado de sair. Espreguiçou-se lentamente, sentindo o corpo ainda cansado pelas noites mal dormidas desde que voltaram da Ventos Sombrios.

Quando se levantou, foi até a janela, afastando levemente a cortina de tecido grosso. Do alto, conseguia ver o jardim central da alcateia. Vários lobos, alguns que ela não reconhecia, se reuniam e conversavam. Entre eles, estavam os membros mais antigos da alcateia e outros que deviam ser de grupos aliados. A chegada deles deixava o lugar diferente, mais vivo e movimentado.

Era estranho ver aquele jardim, que tantas vezes fora palco apenas dos encontros entre os mais próximos, agora repleto de estranhos. Alguns traziam brasões diferentes, roupas típicas de suas terras, caixas e mais caixas de presentes chegavam com as alcateias aliadas, presentes de casamento, claro.

A diversidade chamava atenção, mas, ao mesmo tempo, apertava o coração de Lyra. Ela queria acreditar que tudo correria bem, mas um pressentimento incômodo não saía de dentro dela. Algo a fazia sentir que estava prestes a acontecer algo grande... algo que poderia mudar tudo de novo.

A loira passou as mãos nos cabelos, tentando afastar a sensação. Não queria deixar que aquele medo sem nome tomasse conta dela. Tentou se concentrar no que tinha que fazer naquele dia. A cerimônia da marca seria dali a três dias e ela precisava estar pronta. River fazia questão de cada detalhe, mas dizia a ela que o mais importante era que ela sentisse que estava preparada. Ele queria que ela estivesse bem, e Lyra também queria isso... Queria sentir-se digna.

Enquanto pensava, ouviu batidas suaves na porta. Antes mesmo que respondesse, Petra entrou, seguida por Nora e Cecil. As três sorriram ao ver Lyra já de pé.

— Bom dia, futura Luna. — disse Petra, sorrindo com os olhos brilhando.

— Bom dia... — Lyra tentou retribuir o sorriso, mas as amigas perceberam sua preocupação.

— Está nervosa? — perguntou Nora, fechando a porta atrás de si.

Lyra hesitou antes de responder, mas preferiu ser honesta.

— Um pouco. Tem tanta coisa acontecendo... E essa movimentação toda... — Ela olhou novamente para a janela. — Estou com uma sensação estranha no peito, sabe?

Petra assentiu, aproximando-se para segurar as mãos de Lyra.

— É normal, Lyra. Mas vai dar tudo certo. Estamos aqui por você.

Cecil também se aproximou com um sorriso divertido no rosto:

— E, por falar nisso... Viemos buscar você. Está na hora.

Lyra franziu a testa.

— Buscar? Buscar pra quê?

Petra riu levemente.

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