Ah, mas hoje penso diferente. Hoje, compreendo a felicidade que é estar ao lado da mulher amada. Não sou mais aquele homem frio, guiado apenas por desejos carnais e obrigações.
Solto o ar devagar, um sorriso escapando dos meus lábios enquanto as memórias dos últimos dias preenchem minha mente.
Todos os dias eu a buscava no trabalho, e juntos almoçávamos no restaurante do hotel. Esses momentos se tornaram os melhores do meu dia. Conversávamos sobre tudo: nossos sonhos, nossos medos, nosso futuro juntos. E, em cada risada compartilhada, em cada olhar prolongado, eu me apaixonava mais um pouco.
Emily se tornou minha alegria, minha paz, minha pessoa preferida. Quando estou com ela, sinto uma tempestade de emoções, cada uma mais intensa do que a outra, todas sussurrando o quanto eu a amo.
Fecho os olhos, permitindo que uma memória especial me invada: o momento em que Emily finalmente confessou seus sentimentos por mim.
Foi há uma semana. Estávamos em minha casa. Depois do jantar, meu pai subiu para o quarto, e Kayra, com um sorriso travesso, nos deixou a sós.
Depois de um beijo que me deixou em chamas, precisei me afastar. Apesar do desejo que ela despertava em mim, prometi a mim mesmo respeitar os limites que ela impôs, mesmo que isso me custasse a sanidade.
Foi então que meus olhos pousaram no piano. As partituras de November Rain ainda estavam ali, esquecidas, mas repletas de significado. Um desejo profundo me tomou, e eu a convidei para tocar comigo. Emily aceitou imediatamente, como se soubesse o que aquele momento representava para mim.
Sentamo-nos juntos ao piano, nossos ombros quase se tocando. Por um instante, nossos olhares se cruzaram, e senti meu coração acelerar. Começamos a tocar. As notas preencheram a sala, criando uma atmosfera mágica. Fechei os olhos, permitindo-me sentir a música, vivê-la ao lado da mulher que amo.
Cada nota era doce, quase insuportavelmente doce, carregada de emoções que antes eu temia reconhecer. Enquanto tocava, a verdade se revelou diante de mim: por pouco, quase perdi Emily.
Minhas mãos tremiam, mas continuei. Toquei até que percebi algo diferente. As notas dramáticas da melodia soavam solitárias. Quando abri os olhos, percebi que estava tocando sozinho. Reduzi o ritmo e parei.
Com o coração na garganta, busquei seus olhos. Quando nossos olhares se encontraram, meu mundo parou.
— Eu te amo, Okan.
Suas palavras, tão simples e ao mesmo tempo tão poderosas, me atingiram como um raio. Todo o meu corpo estremeceu. O calor subiu pelo meu peito, invadindo cada canto de mim.
Allah! O quanto eu esperei por essas palavras.
Com o coração descompassado, segurei seu rosto entre minhas mãos, absorvendo cada detalhe daquele momento.
— Diga isso de novo.
— Eu te amo — ela repetiu, a voz mais firme, mais confiante.
Um sorriso tomou conta do meu rosto. Orgulhoso como sou, lutei contra as lágrimas, mas minha voz saiu embargada.
— Sonhei tanto em ouvir essas palavras saindo da sua linda boca.
— Eu te amo. — Ela repetiu mais uma vez, e meu mundo se completou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Romance Proibido
Fiz a compra e não desbloqueia para ler , falta de respeito com o leitor!!!...