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Romance Proibido romance Capítulo 14

Okan

Quando ela sai, deixa seu perfume. O mesmo que me embriagou no dia em que a levei ao hotel. Esse aroma me persegue, impregnando minha memória olfativa, uma tatuagem invisível que me enlouquece.

Eu a desejo como nunca desejei ninguém. Preciso possuí-la, antes que esse desejo se transforme em uma obsessão insuportável. Enquanto não saciar o fogo que ela acendeu em mim, não terei paz.

Quero senti-la em meus braços, seus lábios provocantes trêmulos junto ao meu pescoço, sua respiração ofegante enchendo meus ouvidos, os gemidos denunciando sua rendição. Quero que ela se entregue, inteiramente, dominada por mim.

Será como uma despedida de solteiro, uma última loucura antes de me regenerar. Allah, como preciso disso!

Mas a imagem dela se afastando ecoa na minha mente, me queimando de raiva. Tento me controlar, respiro fundo. Calma!, ordeno a mim mesmo. Mulheres como ela adoram essa dança de poder, o jogo do homem obstinado que não desiste.

Ah, elas amam ser desejadas, cortejadas.

Cabe a mim interpretar bem o papel. Seduzi-la. Conquistar sua resistência. E tenho certeza de que, quando o momento certo chegar, a magia acontecerá.

Ah, se vai!

Ela não me escapa.

Emily

Saio do quarto com passos firmes, mantendo a cabeça erguida. Ao entrar na sala, percebo todos reunidos, exceto por Okan. Ele ficou para trás, estático, com a expressão de quem engoliu algo amargo.

Agora sei o nome dele.

Okan. O irmão de quem Kayra tanto falava, mas que nunca imaginei encontrar. Sinto meu coração bater acelerado, como se tentasse me trair. Forço um sorriso para Kayra, tentando disfarçar.

Minha atenção é capturada pela garota ao lado dela. Ah, claro, a prima de Kayra, de quem ouvi falar. Seus cabelos negros caem em camadas suaves até os ombros. Os olhos amendoados e o vestido azul-marinho largo escondem, mas não disfarçam totalmente suas curvas generosas. Um colar vistoso de águas-marinhas brilha em seu pescoço delicado.

Ela parece tímida, com um ar sereno que quase me incomoda. Seu jeito doce é um contraste gritante ao meu. Eu falo o que penso, visto o que quero, sou independente. Ela, como Kayra, encarna a doçura e submissão que homens como Okan veneram.

Kayra se aproxima com um sorriso afetuoso.

—Você demorou. Quase fui atrás de você no quarto —diz, estudando meu rosto com atenção desconcertante.

Minha respiração falha por um segundo, mas me forço a sorrir.

—Estava no celular, enviando mensagens de Ano Novo para meus pais e amigas.

—Ah, então está perdoada. Venha, quero te apresentar Ayla.

Ela me conduz pelo braço até a garota. Ômer está ao lado dela, rindo de algo. Ayla se vira em nossa direção, com olhos brilhantes e um sorriso tímido.

—Ayla, essa é Emily. Uma grande amiga minha. Estudamos juntas.

—Prazer em conhecê-la —diz Ayla suavemente, sua voz como uma brisa calma.

Ela exala serenidade, tão doce que me faz revirar os olhos mentalmente.

—E Okan? —Ayla pergunta, com uma doçura que chega a ser enjoativa, virando-se para Kayra.

Nesse exato momento, sinto uma mudança na energia da sala. Ele está ali.

Okan entra com uma presença que é impossível ignorar. Ombros largos, queixo erguido, sua postura exala confiança. Seu rosto bronzeado e barba impecável realçam o magnetismo avassalador que parece elevar a temperatura ao redor.

Ele me faz sentir um calor incontrolável, como se o inferno tivesse se materializado ao meu lado.

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