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Romance Proibido romance Capítulo 67

Okan

Ela ergue o queixo, um gesto simples, mas carregado de desprezo, e esse movimento me destroça de uma forma que eu não consigo controlar. Seu olhar é cortante, afiado como uma lâmina forjada em fogo quente, penetrando meu peito com a precisão de um golpe fatal. Senti tanta falta dela, de sua presença, da maneira como seu ser parecia preencher cada espaço vazio da minha vida... Mesmo nos momentos em que a arrogância e o orgulho me faziam acreditar que o tempo apagaria o que sinto por ela, a verdade nunca mudou, e nunca mudará. Agora, diante dela, tudo o que restam são as certezas. Vê-la hoje foi como abrir uma ferida antiga, mas também como redescobrir o ar que eu estava sufocando, o ar que tanto me fazia falta, o único que parecia ser capaz de preencher o vazio em meus pulmões.

Allah, como a quero. Como preciso dela, mais do que a mim mesmo.

Meus dedos se crisparam ao lado do corpo, a tensão me dominando, tentando inutilmente conter o impulso de atravessar a distância entre nós e puxá-la para mim. Quero abraçá-la, esmagá-la em meus braços, sentir seu corpo contra o meu de forma que tudo isso desapareça, que a saudade e a dor sejam diluídas no calor de nossa proximidade. Quero beijá-la até que não reste mais espaço, até que a distância, o tempo, as palavras e todos os sentimentos reprimidos desapareçam, consumidos pela urgência desse beijo. O tempo que passei longe dela agora parece uma eternidade que me assombra e me desmorona por dentro.

Estou a ponto de implorar, de me ajoelhar, de fazer qualquer coisa para que ela me ouça. Qualquer coisa para que ela me veja de novo, como antes, sem esse véu de ódio e rancor que agora a envolve.

— Sim, linda Emily. — Minha voz sai grave, vacilante, uma fração de segundo longe da desesperada. — Errei com meus julgamentos, errei ao tentar forçar algo que não estava certo. Mas, Emily, sinto que não estou errando agora em te manter aqui, em te pedir para me ouvir. Acho melhor você se sentar.

Seus olhos verdes, firmes e cheios de fogo, encaram os meus com uma intensidade tão forte que me desarma por completo. Posso ver o coração dela batendo rápido, violento, sob o tecido do vestido, como se também estivesse lutando contra algo que não pode controlar. Cada palavra que eu digo parece atiçar mais sua ira, como se o ódio fosse o único escudo que ela tem agora para se proteger de tudo o que sinto.

— Não, não quero ouvir nada. — Sua voz corta o ar como uma lâmina afiada. — Você estava vivendo bem sua vida até eu aparecer.

Eu fico paralisado com o impacto de suas palavras, elas me atingem como um soco no estômago. Eu fecho os olhos, sentindo o peso da dor, tentando encontrar forças para continuar.

— Sim, eu estava me enganando. É isso que você quer ouvir? — Minha voz sobe, carregada de frustração e a tristeza se mistura com o tom quase suplicante. — Enganando-me, Emily. Vê-la foi como um colírio para os meus olhos cegos. Eles finalmente enxergaram que...

Ela ri, fria, debochada, como se minhas palavras não fossem nada além de um eco vazio.

— Pare! Não vê que não importa? Agora saia da minha frente! — Sua voz está carregada de uma raiva visceral, tão intensa que ela treme inteira, como se quisesse explodir em mil pedaços.

Eu respiro fundo, tentando acalmar o furacão dentro de mim. Não é o momento. Ela está tomada por emoções que eu não sei lidar, e qualquer coisa que eu diga agora só vai piorar as coisas.

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