O bastão plástico me mostrando lentamente o risco rosa surgindo e depois o outro me desesperam. O banheiro, com suas paredes frias e silenciosas, parece se fechar ao meu redor. Eu pisco quando as lágrimas embaçam meus olhos.
Grávida!
Em transe, fico olhando o bastão, sentindo meu coração afundar no peito. Então me dou conta de que estou, de algum modo, ligada a Okan para sempre. Agora, não só as lembranças dele me atormentarão, mas um filho dele será um lembrete constante da minha inconsequência.
Passo a mão nos olhos, limpando a cascata de lágrimas que desce pelo meu rosto. Pelos meus cálculos, estou com dois meses de gravidez. Fiquei um mês tendo mal-estares, mas fechei os olhos para a realidade. Afastei os pensamentos de que eu pudesse estar grávida e insisti em achar que era apenas uma gastrite. Era mais fácil lidar com a turbulência dos meus sentimentos do que encarar uma gravidez. Meu ciclo sempre teve atrasos significativos, mas nunca de um mês inteiro. Isso foi o que me levou a fazer o teste.
Deus! Foi uma única noite!
E agora? Questiono-me.
Em transe, fico pensando no que fazer com essa notícia. Não quero usar isso para prendê-lo a mim. Ele fez a escolha dele quando optou pela noiva. Mas como não participar que ele será pai? Esperar que ele se case para jogar essa bomba?
Não posso!
Ocultar isso dele? Como meus pais encararão essa revelação?
Deus! Meu pai vai ficar decepcionado comigo. Minha mãe, louca da vida, vai achar que menti a respeito da camisinha. Só sei de uma coisa: lidar com essa gravidez será um grande desafio. Ser mãe solteira não é tarefa fácil.
Depois que transei com Okan, tudo começou a desmoronar como um efeito dominó. A única coisa que sei é que o que eu fizer com essa informação irá ditar o meu futuro.
Saio do banheiro e lavo o rosto. Não posso ficar enfurnada nele o dia inteiro. Vou até a sala. O brilho matinal parece cruelmente indiferente ao turbilhão que me consome. Meu pai está no sofá com um jornal na mão, e minha mãe está fazendo crochê ao lado dele.
— Seu pai disse que você saiu cedo hoje. Onde você foi?
Deus! Pensei que eles nem tivessem ouvido o som do motor do carro. Eles estavam no quarto, ainda nem tinham levantado quando saí.
— Eu... fui comprar um teste de gravidez.
Meu pai abaixa imediatamente o jornal e me olha surpreso; minha mãe me olha pasma também.
— Gravidêz? — Meu pai pergunta tirando os óculos.
— Sim. Descobri que estou grávida.
— Do turco? — Meu pai pergunta, soltando fogo pelas ventas.
Claro que minha mãe contou para ele partes da nossa conversa. Deve ter falado que conheci o irmão de Kayra, que me apaixonei por ele, e por isso estava tão apática. Se ela tivesse contado mais que isso, com certeza ele já teria me dado um belo sermão. Ele é da moda antiga, e sei que enfrentá-lo agora será uma barra.
— Sim, estou grávida de Okan.
— Miserável! — Meu pai se levanta e j**a o jornal com força no sofá, num gesto de fúria.
— Deus! Emily! Você me disse que ele usou camisinha.
— Usou, mas... estourou.
— Você sabia que ela tinha se entregado para aquele homem e não me disse nada!
Minha mãe o encara com altivez.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Romance Proibido
Não consigo liberar para leitura, mesmo tendo saldo disponível....
Fiz a compra e não desbloqueia para ler , falta de respeito com o leitor!!!...