Resumo do capítulo Minha de Segunda Chance(Completo)
Neste capítulo de destaque do romance Romance Segunda Chance(Completo), Thay apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
O terraço do hotel Magno encontrava-se no mais repleto silencio. Se não fosse pela presença de Valentin, altivo, seria o local ideal para dormir. O sol encontrava-se coberto pelas nuvens, as quais anunciavam uma chuva logo mais. Valentin encostou-se na pilastra e ficou daquela forma por longos minutos com o semblante pensativo. Ficou observando os poucos raios solares surgirem e em contrapartida, percebeu o quanto estava confuso. A cada momento que fechava os seus olhos, recordava da noite que passara com Jessy. Por mais que quisesse negar, não conseguia mais. Ele tinha admitido para si que havia tido relações com ela por vontade e não pensando em sua vingança.
–O que isso faz de mim? – se questionou ao levar as mãos aos seus cabelos loiros. Deixou-se levar pelos seus pensamentos e confusões sem perceber que alguém o observava próximo a porta.
***
Jon sorriu entusiasmado ao abrir a porta do taxi para Jessy entrar. Após o café da manha, ela se mostrara cada vez mais animada e logo se viam envoltos em uma conversa amena. Aquele clima poderia não ser o que ele esperava, entretanto para o inicio era o ideal.
“Estamos apenas começando.. não preciso ir rápido demais” Jon pensou ao olhar para a paisagem voltando a sua atenção para a mulher sentada ao seu lado. Observou os traços do seu rosto percebendo algo diferente aquele dia.
–Esta diferente hoje – Jon falou sem perceber atraindo a sua atenção e o espanto dela – me perdoe, disse algo errado?
–N..não – Jessy falou ao olhar para as suas mãos depositadas em seu colo. – Estou normal.
–Pode ser, mas há algo diferente – murmurou pensativo, sorrindo em seguida – quando irá visitar o seu pai? Deveria me apresentar a ele?
–Talvez – disse sorrindo levemente. – Jon... Deveríamos ir em um encontro? – ela indagou ao olhar para o homem sentado ao seu lado. – Ou..
–Eu iria adorar – segurou em sua mão e sorriu ao olhar para a sua face – podemos marcar algo. O que acha?
–Esta livre hoje a noite? – perguntou impetuosamente. Ela sentia a necessidade de apagar as suas lembranças de Valentin – “Estou apenas usando-o, não é? Sou realmente cruel”.
–Posso ver, e lhe telefonar. O que acha? – ao vê-la assentir, sorriu e continuou segurando a sua mão .O percurso fora feito em clima de expectativa e temor. A cada momento Jon via-se ainda mais inebriado por Jessy, enquanto ela via-se afundando em confusão. Jessy podia sentir a mão de Jon sobre a sua, entretanto não conseguia sentir calor. Ela sentia apenas algo sobre a sua mão. Nada dele conseguia lhe despertar calor. Ao ser deixada na porta do hotel, Jessy passou pelo saguão pensativa e sem perceber, ao entrar no elevador, apertou o ultimo botão. Ela estava indo para o terraço. O seu único refugio do mundo. Caminhou com uma única pessoa em mente, a mesma pessoa que encontrara ao abrir a porta do terraço.
Jessy permaneceu inerte ao vê-lo se encostar e murmurar algo inaudível para ela, entretanto o que lhe chamou a sua atenção fora o modo desesperado com que agia. Sem dar-se conta, se pegara observando ele mais e mais. A porta foi esquecida, seus pensamentos e angustias foram deixados para trás quando ela atreveu-se a caminhar em sua direção. A cada passo que dava sentia crescer algo dentro de si. Parou a poucos centímetros dele, estendeu a sua mão afim de tocar em seu ombro, mas logo se recordara de Victor e do que estava prestes a fazer. Virou-se de costas e andou para a saída. Sua vontade crescia cada vez mais de ir ate ele, todavia sabia que não seria o correto.
–Mas o que seria certo ou errado? – sussurrou para si mesma, questionando-se. Já estava prestes a abrir a porta quando escutou um barulho atrás de si. Ela sabia que não deveria se virar. Ela sabia que deveria seguir em frente, mas virou-se e se deparou com o olhar frio de Valentin a encarando com curiosidade e, um pouco de, divertimento. Fitaram-se em silencio tendo como som apenas o vento. Após suspirar, ela voltou a sua atenção para a porta a sua frente.
–Acredita que escapara tão facilmente? – Valentin disse ao vê-la. Ele havia escutado o barulho da porta, apenas não desejou se voltar para ela. Ele desejava saber o que ela faria. – Entrando aqui silenciosamente e indo embora da mesma forma. Como uma ladra.
–Eu me enganei – falou ao recuperar-se – Imaginei que estaria sozinha ao vir aqui, mas ao ver o Senhor, optei por me retirar. Já estou de saída de qualquer forma, Sr Magno.
–Sr Magno? Engraçado, pois não foi assim que me chamara ontem a noite – cruzou os braços em frente ao seu corpo com um sorriso malicioso nos lábios – não me diga que esqueceu de tudo? – Valentin fitou a reação de Jessy ficando surpreso ao vê-la caminhar em sua direção e lhe proferir um tapa em sua face – O QUE PENSA QUE... – gritou, mas logo fora interrompido pela voz dela.
–Isso não lhe da o direito de agir comigo de tal forma. – disse ao fechar as suas mão em forma de punho, afim de controlar a raiva e a tristeza que sentia - Estive pensando sobre o que fizemos e finalmente cheguei a uma conclusão, graças as suas sabias palavras, aquilo.. foi o.. um erro. Ter ido para cama com você, Valentin Magno, foi um erro que não pretendo perpetuar ou recordar. Peço que faça o mesmo. Revolvi seguir a minha vida.
–Então veio me dizer para esquecer sobre ontem? – disse inexpressivo ao deixar os seus braços caírem ao lado do seu corpo. Ele não quis admitir, mas não se sentiu feliz com a noticia. – imagino que o homem que te ama deve ter algo com isso.
–Sim – assentiu ao desviar os olhos da face dele – resolvi seguir a minha vida com ele.
–Deveria estar feliz – Valentin disse ao olhar para a face triste dela – mas não consigo ver nada em seu rosto, exceto dor e tristeza. O que fazer então?
Jessy voltou a sua atenção para ele e sorriu. Um sorriso repleto de melancolia, entretanto ele viu em seus olhos. Ela estava determinada a mostrar a ele que estava feliz.
–Não precisa fazer isso. Não precisa se esforçar tanto, pois a cada vez que se esforça vejo que não esta tentando me mostrar nada e sim mostrar a si mesma que isso que esta fazendo dará certo.
–Do que esta...falando? Estou apenas...
–Pode se enganar o quanto quiser, mas não me peça para que compactue com isso – falou friamente ao passar por ela e ir em direção a porta – não se atrase para o trabalho, Senhorita Smiths. – assim que disse Jessy escutou o barulho da porta se fechando. Ela olhou para trás e ao se ver sozinha, deixou-se cair no chão.
–Como ele..pode me conhecer tão bem?- murmurou perplexa ao levar as mãos a face. Permaneceu no terraço por mais algum tempo ate se erguer, decidida a enfrentá-lo.
***
O sorriso que era tão familiar para todos que conheciam o doutor Jon encontrava-se sumido desde que ele retornara ao hospital. Jon sentia que a sua presença a Jessy estava sendo imposta de tal maneira, que ela começara a aceitá-lo por obrigação, e isso estava enlouquecendo-o.
–Deveria apenas deixá-la ir? – Jon se pegou indagando-se a si mesmo ao fechar a porta da enfermaria. Seus passos, calmos, soavam pelo corredor vazio aquele momento. De alguma forma, Jon obteve a resposta que tanto o angustiava ao se ver sozinho. – Se eu a deixar ir.. permaneceria sozinho novamente, e isso... eu não quero – confessou para si mesmo ao olhar a sua volta. Suspirou ao perceber o quão egoísta estava sendo, entretanto isto não fora o suficiente para faze-lo mudar de ideia.
Pela primeira vez naquele mês, o hospital encontrava-se calmo. Não houve emergências sobre vitimas graves ou grandes acidentes. E em uma sala, um medico encontrava-se com a cabeça apoiada no encosto do sofá. Por mais que Jon tentasse fechar os olhos e adormecer, as únicas imagens que vinham em sua mente eram de Jessy.
–E creio que me tornei algo em sua vida – disse ao olhar para a mesa dele – me parece que parou de fazer algo para falar comigo. Devo ficar feliz?
–O que veio fazer aqui, afinal? – disse mudando o rumo que a conversa estava tendo.
–Vim ver o meu noivo, o que mais seria? – aproximou-se da mesa dele, sentando-se na cadeira em frente – deveríamos sair para almoçar, o que acha? Há um restaurante muito bom aqui perto e...
–Não crie ilusões – a interrompeu – sabes tão bem quanto eu o motivo desta união. Não acho que seja necessário postergar os nossos contatos. Já não basta o casamento? O que mais deseja?
–Desejo uma chance. Uma chance para fazermos este casamento ser real. Por não concorda? Me ter como alguém importante em sua vida, é tão difícil assim?
–A única pessoa importante em minha vida esta morta. Nenhuma outra ocupará o seu lugar – tornou gélido ao encará-la – se foi apenas isto, pode ir embora.
–Eu não vou – o enfrentou sem consciência do que traria a sua ação. – Cansei de obedecê-lo e antes que diga algo...
–O que? Vai me ameaçar com o fim desta união tão indesejada? – Valentin perguntou com um sorriso cruel na face – não seja tola. Eu não me importo. Se sair deste hotel e for atropelada aqui em frente, isso não me afetará em nada. Entenda de uma vez Luiza, nada do que faça me fará vê-la como mulher. Isso... termos algo é impossível.
–Como pode dizer...palavras tão cruéis... tão.. – murmurou ao segurar as lagrimas e apertar a alça de sua bolsa com força – eu...
–JÁ CHEGA – gritou sem paciência ao levantar-se – pode passar a noite aqui se quiser – passou por ela a passos rápidos e logo se viu fora de sua sala – podem ir embora mais cedo hoje – Valentin disse a Vanda e Jessy, saindo em seguida. Apertou o botão do elevador, mas após cinco segundos foi em direção as escadas. A cada momento ele sentia o seu auto-controle esvair-se por completo e isso estava aterrorizando-o. Desceu os lances de escada com calma, pois a cada passo que dava tentava controlar sua emoção. No 17º andar, parou e passou a mão pelos seus cabelos, bagunçando-os. – O que estou fazendo da minha vida? – perguntou-se ao prosseguir. Minutos depois, caminhou pelo saguão e ao passar por um homem parado no lado de fora do hotel, estancou ao reconhecê-lo – ela realmente vai seguir com isso. – percebeu sério. Sem perceber o que fazia, Valentin ficou próximo a entrada do hotel em um lugar onde Jon não o veria e nem Jessy quando saísse. Continuou quieto por um tempo ate ver Jessy caminhar para fora do hotel e antes que percebesse o que estava fazendo, Valentin caminhou a passos rápidos ate onde ela estava e a puxou ate coloca-la contra a parede do hotel, escondidos por um arbusto.
–Quem... – Jessy murmurou assustada, mas logo reconheceu o homem que a assustara – Valentin.. o que esta fazendo? – indagou ao tentar afastá-lo de si, sem sucesso, pois a cada movimento seu, sentia o corpo dele mais próximo. Seu coração começara a bater mais forte ao ver o olhar determinado dele.
–Realmente pensou que tudo terminaria assim? – perguntou ao colocar a sua perna entre as pernas dela, diminuindo seus movimentos e apertar o seu braço – eu é que digo quando deve sair de minha vida.
–Esta louco.. me solte. Alguem pode nos ver – falou angustiada ao olhar em volta.
–Ninguém nos verá e mesmo que isso aconteça, eu não me importo – viu o olhar surpreso dela seguindo de medo – Eu já decidi. Serás minha ate que eu mude de ideia – após dizer isto a beijou. Um beijo regado a medo e a possessividade. Jessy pensou em não retribuir o beijo de Valentin, entretanto se viu entregue a ele mais rápido do que pensara. Beijaram-se apaixonadamente sem se importarem com um homem em pé, próximo a saída do hotel.
“Victor.. eu estou errada, eu sei, mas... posso... fazer isso? Por favor, me deixe seguir com essa loucura” Jessy pensou ao sentir as mãos de Valentin em sua perna.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance(Completo)
ótimo livro!!...
🥰 Amei...