O quarto estava silencioso. Do lado de fora, o canto dos pássaros se misturava ao som distante do vento atravessando as árvores. A luz dourada da manhã entrava pelas cortinas de linho, criando um jogo de sombras suaves sobre os lençóis.
Lorenzo fechou a porta devagar depois que Giulia, Aurora e Benjamin saíram. Encostou as costas na madeira, soltando um suspiro profundo.
Por um instante, ficou parado, observando Isabella de longe. Ela estava de costas, arrumando os travesseiros na cama, a camisola de dormir de seda clara caindo sobre o corpo com um movimento fluido, delicado… e irresistível.
Lorenzo sentiu o corpo inteiro reagir. Não era apenas desejo, era algo mais profundo, mais urgente. Aproximou-se devagar, até que ficou perto o suficiente para sentir o perfume dela, uma mistura sutil de baunilha e lavanda.
— Finalmente sozinhos… — murmurou, com a voz grave, rouca, carregada de intenção.
Isabella parou, ainda de costas, sentindo a presença dele antes mesmo de ouvir as palavras. Um arrepio subiu-lhe pela espinha, e ela fechou os olhos por um instante. Quando virou o rosto para encará-lo, encontrou aquele olhar intenso, profundo, que sempre a desmontava.
— Lorenzo… — começou, com a respiração já um pouco mais rápida. — Devíamos aproveitar pra descansar…
Ele arqueou uma sobrancelha, com um meio-sorriso no canto dos lábios.
— Descansar? — repetiu, aproximando-se mais um passo. — Isabella… ainda estou com saudades de você.
Antes que ela pudesse responder, Lorenzo segurou-lhe o rosto com uma das mãos, puxando-a para um beijo. Não foi um beijo leve, nem apressado, foi profundo, urgente, ardente. Um encontro de lábios que incendiava cada nervo do corpo. Isabella soltou um pequeno suspiro contra a boca dele, e os seus dedos delicados, subiram instintivamente para segurar a nuca dele.
Ele a pressionou suavemente contra a borda da cama, enquanto sua mão deslizava pela curva da cintura até encontrar o tecido macio da seda. A pele dele estava quente, e Isabella sentiu o corpo inteiro reagir ao toque.
— Você tem ideia do que me faz sentir? — ele sussurrou entre um beijo e outro, com a voz baixa, rouca, quase num gemido. — Ver você com eles… com a Aurora, com o Ben… e ainda assim me olhar desse jeito…
Isabella apoiou as mãos sobre o peito dele, e seus dedos pressionaram os músculos firmes do marido, sentindo a maciez e o calor. Respirou fundo antes de responder com os lábios próximos ao ouvido dele:
— Eu te olho assim porque você é tudo, Lorenzo. Absolutamente tudo.
O efeito das palavras foi imediato.
Um gemido baixo escapou da garganta dele antes que ele a erguesse pelos quadris, sentando-a na beirada da cama, de frente para ele. O beijo se aprofundou, faminto, e as mãos dele exploravam cada curva conhecida, cada centímetro de pele revelado pela seda que agora escorregava pelos ombros dela.
Isabella arqueou o corpo ao sentir os lábios dele descerem pelo pescoço, deixando um rastro quente de beijos e suspiros até o colo. A respiração dela já estava descompassada, o coração batia rápido, os dedos entrelaçavam os cabelos de Lorenzo enquanto ele a tomava com uma intensidade que fazia o mundo sumir.
— Lorenzo… — ela gemeu baixinho implorando.
Ele ergueu o rosto, a encarando com os olhos azuis carregados de desejo, com uma intensidade que a deixou sem fôlego.
— Diga que é minha, Isabella… — pediu, com a voz rouca, como um comando e uma súplica ao mesmo tempo.
— Sempre fui… — respondeu, sem hesitar, com os olhos marejados.


VERIFYCAPTCHA_LABEL
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar