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A Babá Virgem e o Viúvo que Não Sabia Amar romance Capítulo 212

O sol dourava o riacho com reflexos cintilantes, espalhando um brilho suave sobre as águas tranquilas. O cheiro da terra úmida se misturava ao perfume das flores que cresciam ao redor, criando um cenário quase mágico. O vento leve agitava as folhas das árvores, fazendo-as dançar silenciosamente, enquanto o murmúrio da correnteza servia de trilha sonora para um momento que parecia eterno.

Ainda com Isabella pela cintura, Lorenzo soltou um breve suspiro, os olhos fechando por um instante como se quisesse gravar aquela sensação na memória. Havia ali o calor do corpo dela, o coração que batia acelerado, o cheiro suave do perfume que se misturava ao frescor do ar. Quando finalmente se afastou, fez isso devagar, com os dedos roçando pela pele macia da esposa, como se ainda relutasse em deixá-la ir.

Seu olhar firme, entretanto, foi atraído para a cena à frente. Um sorriso discreto curvou seus lábios ao ver Stefano no riacho, segurando Benjamin nos braços. O pequeno batia as mãozinhas na água, feliz, com os cabelos loiros grudados na testa e o rostinho iluminado pelo sol. O bebê ria alto, balbuciando com aquela vozinha doce que sempre derretia o coração do pai:

— Pa-pá! Má-má! — repetia, tentando formar as palavras com esforço, mas cheio de empolgação.

Lorenzo não conseguiu resistir. Seus passos foram lentos, mas determinados, como se cada movimento tivesse um peso simbólico. Ao se aproximar da beira da água, Stefano ergueu os olhos e, sem trocar uma única palavra, estendeu Benjamin para o pai. O gesto era simples, mas carregado de cumplicidade e respeito, uma troca silenciosa entre dois homens que, de formas diferentes, faziam parte da mesma história.

Lorenzo recebeu o pequeno com uma reverência quase sagrada. Suas mãos fortes o seguraram com cuidado, o ajeitando contra o peito largo, e Benjamin, como se reconhecesse o aconchego, parou de balbuciar e encostou a cabecinha no ombro do pai. Um suspiro profundo escapou dos lábios de Lorenzo, um suspiro de alívio, de amor, de gratidão por aquele instante de paz que parecia impossível anos atrás.

Isabella, ainda emocionada pelo beijo recente, aproximou-se devagar, com os dedos entrelaçados à mão de Aurora. A menina saltitava ao lado da mãe, com as bochechas coradas e os cabelos claros colados pela umidade do riacho. Seus olhos brilhavam com a mesma intensidade do sol refletido na água, e um sorriso orgulhoso se abria em seu rostinho por ver os pais juntos, o irmãozinho no colo do pai e tudo aquilo que agora parecia tão perfeito.

Lorenzo olhou para elas com uma ternura que fazia o peito doer. Com o braço livre, ele envolveu Isabella pela cintura, puxando-a para junto de si, e Aurora, rindo baixinho, foi automaticamente acolhida no abraço do pai. Assim, os quatro se juntaram, formando um círculo perfeito: o pai, a mãe, a filha e o bebê. Um instante congelado no tempo, tão puro e cheio de significado que arrancou suspiros silenciosos da família que observava de longe.

Beatriz, que estava de mãos dadas com Stefano, apertou o namorado contra si e deixou escapar, num sussurro que misturava emoção e humor:

— Se essa imagem não for digna de quadro pendurado na sala, não sei mais o que é.

Stefano sorriu e apertou a cintura da namorada, mas quem se aproximou primeiro foi Giulia. Ela tinha se levantado e caminhado até Beatriz, com os olhos já marejados e o sorriso tremendo. Sua voz saiu embargada quando falou, mas havia orgulho e gratidão em cada palavra:

— Ver o meu irmão tão feliz, depois de tudo o que ele passou… depois da morte de Letícia… — sua voz falhou por um instante, e ela precisou passar as costas da mão pelos olhos para enxugar as lágrimas. — Foi tudo o que eu e a mamãe sempre desejamos.

Theo, ao lado dela, abraçou-a com ternura, puxando-a contra o peito e depositando um beijo suave no pescoço da namorada, oferecendo um apoio silencioso.

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