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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 11

Elizabeth

Elizabeth não soube quanto tempo ficou ali em oração silenciosa.

Quando saiu do quarto a casa estava em completo silêncio, não havia sinal de John e ela não se atreveu a procurá-lo.

Decidiu explorar a casa.

A mansão era realmente enorme, talvez tivessem construído o lugar esperando abrigar uma grande família... ou talvez o tamanho servisse apenas para reforçar o poder de quem a habitava.

Retornou à sala de estar, que se abria para um um grande deck e, além dele, um vasto jardim.

A grama impecavelmente aparada, flores se espalhavam por todos os lados em arranjos cuidadosamente planejados.

Havia uma quadra de tênis ao fundo e uma piscina de borda infinita, digna de capa de revista.

O lugar era deslumbrante, mas não a tocava. Preferia uma casa simples, com abraços sinceros e risos espontâneos. Um lar de verdade, não um palácio silencioso.

Enquanto admirava o jardim, avistou um carro subindo a alameda cercada por flores.

O veículo contornou o espelho d’água, onde carpas nadavam calmamente, e estacionou diante da entrada principal.

James desceu do carro ao lado de um homem que ela não conhecia.

Ambos entraram na casa.

Elizabeth retornou devagar para o deck e, quando estava prestes a entrar novamente na sala, James surgiu diante dela discreto e silencioso. Inclinou-se levemente, com um gesto respeitoso.

— Senhora, o senhor Walker a aguarda no escritório.

— Obrigada, James — respondeu ela, com um aceno de cabeça.

James desapareceu tão suavemente quanto havia surgido.

Elizabeth dirigiu-se à porta do escritório e, com um leve toque, entrou.

John estava lá, como antes, sentado à sua imponente mesa. Ao lado dele, o homem que chegara com James segurava um tablet.

Quando Elizabeth entrou, notou claramente a surpresa e admiração no rosto dele e viu John arquear ligeiramente uma sobrancelha com um semblante irritado.

John era incansável no trabalho, e com o tempo se tornou um homem poderoso e temido no mundo dos negócios, um verdadeiro rolo compressor.

Ninguém era esperto o bastante para enganá-lo, e se ele ao menos desconfiasse de alguma tentativa, sua vingança era implacável.

Muitos o subestimaram por causa da idade: John ainda não completara trinta anos, e isso levava as velhas raposas do mercado a crerem que lhe faltava experiência. Mas acabavam descobrindo, da pior forma possível, o quão vingativo ele podia ser.

Apesar de sua ambição, John era inflexivelmente correto em todas as suas atitudes.

Bruce já havia visto empresários tentarem tirar vantagem em negociações com ele e não só os contratos eram imediatamente encerrados, como John também se encarregava de banir completamente esses indivíduos do mercado.

Presenciou altos funcionários tentarem desviar recursos da empresa ou aceitarem subornos para fechar negócios em nome do Grupo.

Todos foram demitidos sem a menor piedade, e alguns chegaram a mudar de cidade para conseguir emprego, muitas vezes em cargos bem abaixo de suas qualificações.

Bruce estranhou o comportamento da senhora Walker e da forma fria como o chefe a tratou. Ficou visivelmente desconcertado.

O chefe por vezes era ríspido e tinha mau humor constante quando algo não saia como planejado, mas jamais imaginaria que ele poderia ser assim com a esposa, afinal ele tinha acabado de se casar.

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