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Amargo Contrato de Casamento romance Capítulo 12

— Trouxe o que pedi? — perguntou John, com a voz firme.

— Sim, senhor. — Bruce abriu a pasta de couro e retirou uma caixa contendo um celular novo e um cartão de crédito.

John olhou para o aparelho e o cartão com um ar de autoridade e indicou para entregá-los a Elizabeth

— A partir de agora, você usará este celular. Ele já contém todos os contatos de que precisa, ninguém além desses. Não se preocupe, seus arquivos de mídia foram preservados. E, como minha esposa, estou lhe dando um cartão de crédito sem limite. Pode gastar como quiser.

Seu sorriso era frio e calculado.

Bruce se virou para Elizabeth com visível constrangimento. Ela pegou apenas o celular, recusando o cartão.

— Não há necessidade de me dar um cartão — disse ela com firmeza e certo orgulho.

John esboçou um sorriso cínico. Ela era boa, não podia negar, interpretava o papel de desinteressada e ofendida com perfeição.

— Ora, recusando um cartão meu? - Disse irônico, mas depois a voz se tornou dura feito aço. - Pegue. Tenho certeza de que logo descobrirá as vantagens de algo assim.

— Não há necessidade…

— Pegue-o! - John a cortou com autoridade.

Elizabeth hesitou por um instante antes de estender a mão e pegar o cartão que Bruce ainda segurava meio sem jeito.

John sorriu satisfeito. Duvidava que ela resistisse por muito tempo antes de correr para as compras.

— Muito bem. Bruce será o responsável por atender às necessidades da casa. O contato dele e o meu estão no celular, mas só entre em contato comigo se for realmente necessário. Não quero uma esposa me mandando mensagens o tempo todo.

— Ok — respondeu ela, seca.

— Amanhã farei uma viagem de negócios e devo ficar fora por alguns dias.

A notícia pegou Elizabeth de surpresa. Não esperava que John fosse se ausentar tão cedo, afinal, tinham acabado de se casar.

— Pode ir. Tenho mais assuntos a tratar com Bruce, e não almoçarei em casa. Tenho um compromisso de negócios em breve.

Elizabeth apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala em silêncio.

A frieza e a crueldade de John não lembravam em nada o homem que ela conheceu gentil, atencioso, com um sorriso charmoso que fazia seu coração acelerar e corar sua pele clara e aveludada.

À noite, Elizabeth preparou o jantar com todo o cuidado, atenta aos mínimos detalhes. Às oito em ponto, a mesa estava posta. Mas John ainda não havia chegado.

Ela esperou. Os minutos passavam lentamente, seguidos pelas horas. Já passava das dez da noite quando avistou o carro dele subindo a alameda e estacionando em frente à casa.

Correu para recepcioná-lo. Quando ele abriu a porta, pareceu visivelmente surpreso ao vê-la ali, de pé, esperando por ele.

— O que faz aqui? — a pergunta soou mais como uma acusação.

— Estava esperando para lhe servir o jantar — disse ela com um leve sorriso.

John a encarou por um momento, como se não acreditasse que ela o aguardava. Mas, logo, seu olhar voltou a ser frio.

— Já jantei — disse ele, virando-se de costas e subindo a escada sem olhar para trás.

Elizabeth ficou ali, imóvel, arrasada, observando-o desaparecer no andar de cima.

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